Portugueses consideram compras online “pouco seguras”

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Um estudo da Microsoft afirma que muitos portugueses estão a ponderar comprar os presentes de Natal online, mas receiam falta segurança na transacção. Entretanto, um outro relatório, da União Europeia, avança que 61% das encomendas na Internet não são bem sucedidas.

Apesar de revelar que a maioria dos inquiridos em Portugal tenciona
comprar os seus presentes de Natal no ciberespaço, um estudo, levado a
cabo pela Microsoft, mostra que dos 214 portugueses que responderam ao
inquérito, 73 por cento dizem-se preocupados com a questão da segurança
quando fazem compras online. Ainda assim 51 por cento planeia adquirir
os presentes para esta quadra na Internet.

O estudo, realizado pela empresa de software em onze países europeus,
tinha como objectivo perceber a importância da segurança e da
privacidade entre as pessoas que fazem as compras de Natal pela
Internet e foi realizado através de inquéritos on-line disponíveis num
portal da Microsoft, o MSN.

Os dados revelam ainda que Portugal contraria a tendência europeia no
que diz respeito ao número de pessoas que pretende fazer as compras de
Natal on-line, já que a média entre os países envolvidos no inquérito
fica apenas nos 42 por cento.

No total, 4016 pessoas em Portugal, Reino Unido, Grécia, Suécia,
Irlanda, Noruega, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Itália e Suiça
responderam a quatro perguntas essenciais. A primeira questionava se a
pessoa tencionava fazer as compras de Natal on-line, a segunda se a
pessoa fez uma actualização do browser nos últimos seis meses, a seguir
se está preocupada com a segurança quando faz compras on-line e, por
último, se a privacidade é uma preocupação quando compra na Internet.

De entre os onze países, o Reino Unido é o país que lidera nas compras
de Natal on-line, com 83 por cento dos seus 299 inquiridos a
responderem afirmativamente.

Já no que diz respeito à segurança, o país que lidera é a Itália, onde
85 por cento dos 683 inquiridos afirmam ter essa preocupação.

61% das compras online não são bem sucedidas na Europa

Enquanto, por um lado, os europeus parecem de uma forma geral recear
falta de segurança nas transacções online, a União Europeia diz que
mais de metade das compras online não são bem sucedidas. De acordo com
um estudo que envolveu clientes-mistério de todos os países da União
Europeia, 61% das compras não são bem sucedidas, em grande parte dos
casos porque o comerciante se recusou a servir o país de residência do
consumidor ou não oferecia meios adequados de pagamento além fronteiras.

Viviane Reding, Comissária da UE para a Sociedade da Informação e Meios
de Comunicação Social, afirma que existe um “labirinto jurídico que
impede que os comerciantes em linha passem a oferecer os seus produtos
noutros países”, adiantando que é “absolutamente necessário
simplificá-lo”.

 “Não teremos na realidade uma economia digital enquanto não
suprimirmos todas as barreiras às transacções em linha, igualmente para
os consumidores finais. Esta deve ser uma das prioridades de topo na
lista de todas as iniciativas políticas de relançamento do projecto do
mercado único”.

Contudo, o relatório da UE traz também boas notícias. Em 13 dos 27
países europeus, em pelo menos metade dos produtos procurados, a
poupança era de pelo menos 10% do que a melhor oferta nacional
encontrada (incluindo as despesas, por exemplo, de transporte). Além
disso 50% dos produtos não existiam na internet local, mas foram
encontrados em outros países da UE.

AB

Fonte: Lusa / Diário IOL

Sexta-feira, 11 Dezembro 2009 08:05


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