Em comunicado, a Sonae anunciou hoje que “o acordo concretizar-se-á pela criação de uma parceria cujo capital é detido em 51 por cento pela Condis e em 49 por cento pela Sonae, em que as decisões relevantes são partilhadas, cabendo à Sonae a gestão operacional”.
Segundo o grupo liderado por Paulo Azevedo, com esta parceria estratégica “alia-se o ‘know-how’ técnico e experiência de retalho que a Sonae possui ao forte conhecimento do mercado angolano aportado pela Condis”, estando o projeto ainda “sujeito à apreciação final das autoridades angolanas”.
O projeto em causa prevê a abertura de uma rede de hipermercados Continente, com o objetivo de alcançar a liderança no mercado de retalho moderno de base alimentar do país, adianta o grupo português. “O Continente dará assim o seu contributo para o marcante trajeto de crescimento económico e desenvolvimento sustentável de Angola”, acrescenta.
Paulo Azevedo anunciou o convite para a entrada da Sonae em Angola em março de 2010, durante a apresentação dos resultados do grupo de 2009. Passado um ano, a 16 de março, o presidente executivo da Sonae adiantou que não havia nenhum ponto negocial em aberto, faltando apenas fechar o acordo.
Paulo Azevedo afirmou então que “Angola não era um mercado que estivesse nas prioridades iniciais” da Sonae, tendo cabido a Isabel dos Santos “o mérito” de o “convencer” e de “demonstrar o potencial e a viabilidade de implementar uma operação de dimensão” naquele país.
“Angola conta com cerca de 18 milhões de habitantes e com uma taxa de crescimento da sua população estimada em 3 por cento ao ano, destaca a Sonae, perspetivando que, em 2020, a população total de Angola atinja os 25 milhões de habitantes e com poder de compra crescente”, sustenta a Sonae.
Fonte: Lusa