A Superbrands acredita – desde a sua fundação, que decorreu no início dos anos 90, do século passado – que a relação entre marcas e consumidores vai muito além das transações ou visões puramente comerciais. Trata-se de um movimento vivo e dinâmico, onde ambas as partes se influenciam, colaboram e podem crescer em conjunto.

Quando os valores de uma marca se conseguem alinhar com os de quem a escolhe, cria-se um vínculo natural. Ao escutar o mercado e acolher a visão dos consumidores, as marcas também podem iniciar um ciclo contínuo de identificação e partilha, que gera impacto e fidelidade.

Este processo é tão profundo que algumas marcas – quase sempre presentes no nosso quotidiano – acabam por se transformar em referências automáticas. Muitas delas efetivamente entraram diretamente na nossa linguagem, no nosso pensamento e na nossa memória afetiva. 

Por outro lado, as que não seguem esta visão estratégica – mesmo podendo ser marcas altamente impactantes no momento presente – podem vir a desaparecer de um dia para o outro. Há vários exemplos do passado… Lembra-se de algumas?

Esta sinergia entre marcas e as pessoas não é, por isso, algo que seja estático. É um processo contínuo, feito de experiências significativas que se renovam a cada interação, como peças que se encaixam num mecanismo perfeito.

É nessa sinergia em movimento que as conexões se transformam em relações verdadeiramente duradouras. E é dessa energia, como força vital gerada pela união entre marcas e as pessoas, que se alimenta o crescimento, a inovação e a capacidade de inspirar, mantendo a relação de elevada proximidade.

Foi neste contexto que, na presente edição da Superbrands Portugal, quisemos afirmar que a sinergia gera proximidade, que a energia gera transformação e que – dessa dinâmica – nasce o impulso que permite às marcas tornarem-se Marcas de Excelência, estreitando relações com os mercados, com os consumidores e com os valores que representam. 

Ainda assim, independentemente da internacionalização que marcas específicas podem representar, parece-nos evidente que – mesmo não abdicando de estratégias fundadoras que possam ter – é sempre relevante irem ajustando a sua forma de interagir com a cultura de cada mercado local. Há várias marcas nascidas no nosso País que têm designações “internacionais”, da mesma forma que muitas marcas internacionais se procuram ajustar parcialmente às línguas e culturas de cada país em que pretendam afirmar-se.

Todas estas visões positivas e desafiantes permitem às marcas serem reconhecidas como Superbrands, construindo relações fortes, ganhando a confiança e – como Marcas de Excelência que são – deixarem impacto em duas das áreas mais importantes dos seus consumidores: a sua cabeça e o seu coração.

Pedro Vaz, Senior Partner da Superbrands Portugal & Angola