Briefing | Como surgiu a campanha de agradecimento “os portugueses são as verdadeiras estrelas do Canal Hollywood”?
Jorge Ruano | O Canal Hollywood já foi líder em outras alturas, mas neste momento estamos como líderes de audiências há mais de dois anos consecutivos. Desde o segundo semestre de 2012 que já estamos a liderar as audiências com muita regularidade. Em 2013 e 2014, o canal foi o mais visto do cabo e sentimos que era o momento de agradecer àqueles que consideramos que são as nossas verdadeiras estrelas – os espetadores que confiam no Canal Hollywood desde há 19 anos. Era um bom momento para dizer ao público português que é graças a ele que o canal tem este sucesso. Basicamente era isso que queríamos comunicar, de uma forma não egocentrista. Não dizer “somos o número 1”. Não é isso que queremos. Simplesmente quisemos agradecer o carinho que os portugueses têm pelo Canal Hollywood.
Briefing |O que permitiu a liderança do Canal Hollywood?
JR | É sobretudo a reafirmação do que o canal tem vindo a fazer há 19 anos. Apesar de haver canais que imitam a nossa oferta, sentimos que o público reconhece o trabalho feito e que continua a acompanhar ainda mais o Hollywood. A fidelidade do público português é o que mais valorizamos e é o que nos garante esta liderança.
Briefing | Que instrumentos vão utilizar para garantir essa liderança?
JR | Temos algumas campanhas previstas para este ano, não só esta última das nossas verdadeiras estrelas. Vamos continuar a apoiar os conteúdos. A linha do canal vai continuar a ser a mesma, porque se uma fórmula resulta para quê alterá-la? Vamos apoiar muito a programação e continuar a reafirmar-nos enquanto canal de cinema.
Briefing | Tendo em conta que o Canal Hollywood está presente em todas as operadoras, quem são os concorrentes diretos? Por exemplo, uma pessoa que só aderiu ao pacote básico, que inclui o Hollywood, e que não tem os outros canais. Nesse caso, quem são os concorrentes diretos do Hollywood?
JR | Diretos seriam, possivelmente, todos os canais que estão nesse pacote básico. Mas seguramente seriam os canais de cinema e séries. Esses seriam os mais próximos, em termos de conteúdos, ao Canal Hollywood. Para nós é importante diferenciarmo-nos desses canais. A nossa oferta é só cinema, cinema dos grandes estúdios de Hollywood. Somos um canal das estrelas, onde os espetadores vão encontrar os atores mais reconhecidos, que ganharam Óscares, os realizadores mais conhecidos. Queremos ser conhecidos como o canal do cinema. Quanto aos restantes canais, obviamente que competem indiretamente com o Hollywood, mas são segmentos ou géneros que nós não conseguimos trabalhar. Não entram em conflito direto com os nossos géneros. Digamos que estamos próximos dos canais só de cinema.
Briefing | Qual a estratégia adotada pela Dreamia para Portugal? Difere dos restantes mercados ou segue a mesma linha?
JR | Na nossa estratégia de marketing, a diferença relativamente a outros canais e outras produtoras é que somos uma produtora local que pensa única e exclusivamente no mercado português e PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]. Os nossos canais estão presentes desde há 19 anos. Conhecemos o mercado português perfeitamente. Eu sou o único espanhol, o resto da equipa é portuguesa. Todas as pessoas que fazem o Canal Hollywood são portuguesas e a seleção de filmes é feita a pensar nos gostos dos portugueses. Não só no Canal Hollywood, mas também nos outros canais, como o Panda, o Biggs e o MOV. Trabalhamos para o público português.
Esta entrevista pode ser lida na íntegra na edição de março do Briefing.