Em 1954, a Aldeia de Vilar desapareceu do mapa, devido ao fecho das comportas da Barragem do Cabril, mas, em 2022, voltou a emergir, uma consequência da sucessão de anos secos que o País tem sofrido e que levou à descida dos níveis das barragens. Para ajudar a mitigar o problema, a NOSSA criou uma página que simula uma plataforma de reservas turísticas, com fotografias e informações do local, oferecendo a possibilidade de efetuar uma reserva em forma de donativo.
O diretor criativo lembra que uma aldeia histórica é, muitas vezes, uma atração turística. “Quisemos aproveitar esta premissa para colocar também a Aldeia de Vilar nesse mapa, tornando-a numa espécie de alojamento local que, na verdade, não deve ser ocupada por pessoas, mas sim por água”, explica
“Esta iniciativa chama a atenção para o facto de o armazenamento de água já não ser suficiente para mitigar os efeitos das alterações climáticas, como se vê pelo exemplo da Aldeia de Vilar, que voltou a estar visível. Acreditamos que através de uma ação concertada de gestão eficiente da nossa água e do restauro da natureza ainda é possível garantir um futuro menos seco, e esta ação vai ajudar a sensibilizar os portugueses para esta causa e para que continuem a ter um papel ativo na conservação da natureza e do ambiente”, acrescenta a diretora executiva da ANP|WWF, Ângela Morgado.
