“Pode a indústria ser uma forma de arte?” é a pergunta cuja resposta é dada através das pinturas de Amadeo de Souza Cardoso, Almada Negreiros, Eduardo Afonso Viana, José Malhoa, Júlio Pomar e Paula Rego.
Sob a lente de Frederico Martins, esta interpretação fotográfica procura captar a essência dessas obras, num “elogio à tradição e à alma portuguesa, que nos distingue, nos une e nos orgulha”.
”Esta recriação denota não só a importância de um legado artístico do nosso país, mas acima de tudo sentimos a força da impressão nos nossos artistas de hoje e a importância de homenagearmos este belo legado e património deste nosso ser português”, comenta Albano Jerónimo.
“A cultura está para além do que me compõe e do que eu vou compondo. É também o que cultivamos. Uma vasta memória, estruturante, que nos distingue e ao mesmo tempo permite identidade. Ela objetiva toda a nossa subjetividade. Sou para além de muitas e variadas coisas, portuguesa. Essa cultura que me antecede está aqui honrada num pedaço do que é esse nosso enorme património”, afirma Anabela Moreira.
“Estas campanhas pretendem, mais do que elogiar o talento nacional e retratar uma identidade, abrir uma porta para o exterior”. “Na sua génese, pretendem valorizar a herança do passado e do que fazemos melhor, para que esta qualidade e beleza sejam apreciados por todos, num mundo cada vez mais rápido e instável, e se cruzem com outros talentos e culturas, sejam um exemplo do que continua e perdura e encanta, mas sempre a aperfeiçoar-se em direção ao futuro”, acrescenta, por sua vez, o designer e presidente da APICCAPS, Luís Onofre.