Atleta do Sport Lisboa e Benfica e, aos 23 anos, campeã nacional absoluta de triatlo, em seniores e sub-23, Melanie é descrita pelo CEO da everis em Portugal, Miguel Teixeira, como alguém que “tem talento e capacidade”, uma forma de estar na vida com a qual a sua marca se identificou, um conjunto de “pequenos grandes resultados” e um “objetivo muito alto”: os próximos jogos olímpicos de verão.
Foram esses apanágios que fizeram com que a everis a desafiasse. A equipa de brand e de marketing olhou para o mercado e, tendo em conta os valores da firma, queria escolher e acompanhar o percurso de alguém desde cedo, uma promessa, mas que já tivesse mostrado capacidade e valores.
Um dia, o CEO contacta-a pelas redes sociais e convida-a para ir conhecer a empresa. “Dissemos-lhe: a everis é isto, achamos que as pessoas estão primeiro. Se tivermos de lhes passar uma mensagem, tentamos fazê-lo de forma correta, no dia certo e contrariando as dificuldades, percebendo que nem sempre se faz o que se gosta, mas que quem tem o objetivo muito alto vai ter de passar por isto tudo”, conta o próprio.
A empresa, diz Miguel Teixeira, rege-se pela generosidade exigente, liberdade responsável, energia criativa e transparência coerência. Para ele, todos esses substantivos podem ser, na realidade, resumidos em atitude, “que é aquilo que faz com que um talento médio ou muito bom seja extraordinário”.
A triatleta não conhecia a everis. Quando foi abordada, de uma forma tão informal, sentiu-se cativada. Além de perceber que partilhavam os mesmos valores, ficou com a sensação de que estava muito à-vontade com a empresa, que a associação entre ambas poderia ser muito “próxima”. Aceitou a proposta, e traçaram a parceria olímpica, cujo caminho começou há relativamente pouco tempo.
Sob o mote “Attitude for the Olympics”, a união vai estar materializada no biquíni de competição de Melanie. Mais importante do que levar o patrocínio nas provas, é transmitir os valores promovidos no desporto de alta competição e da everis.
“Eu acho que esta parceria é passar os valores que é preciso ter. Às vezes, as coisas não correm bem, mas temos de continuar a trabalhar para correr. Só têm é que correr”, explica a atleta. Miguel acrescenta que a mensagem que querem passar é que as pessoas conseguem dar a volta e ultrapassar as adversidades.
Daqui para a frente, a everis vai manter uma relação de maior proximidade, acompanhando a triatleta “nos bons e maus momentos” e abrir um pouco da cortina da empresa. “Nos dias de hoje, na área da tecnologia, não somos só nós que escolhemos as pessoas, elas também nos escolhem”, defende.
A equipa de gestão tem de fazer três coisas: uma – e a mais importante – gerir, tomar conta e formar as pessoas com quem trabalha; a segunda é controlar os projetos, pois estes têm de correr bem; e a outra é conseguir ajudar os clientes a crescerem nos seus negócios, isto é, vender os seus projetos. Tal como a empresa, a triatleta tem três preocupações: nadar, correr e pedalar.
E também há minicompetição na empresa. Cada projeto, ou cada proposta, que tentam ganhar é um desafio, sendo que “fazer o bem ou fazer o muito bem não é igual, e as pessoas têm de querer fazer muito bem. Segundo o CEO, isto são high standards” e a “alta competição é isto”. Melanie corrobora, afirmando que “os valores no alto rendimento são iguais”, fazendo parte de um processo de aprendizagem e dedicação para chegar a um nível elevado.
A parceria tem data de validade até Tóquio, porém, nada garante que não se prolongue, “se for benéfico para os dois lados”. “Por que não?”, pergunta Miguel. “Não há dúvidas de que foi a aposta certa”, garante.
Tóquio é o caminho e a meta de Melanie – a curto prazo. A da everis é ser a empresa de standards de qualidade mais altos, dentro daquilo que produz. Miguel refere que não tem que ver com a dimensão, pois, essa, já têm – é-lhes reconhecida pelos clientes – e é consequência de um conjunto de coisas que se fazem “bem feitas”.
“Nós caminhamos para uma companhia de high standards, de ética e valores. Se fizermos isso bem, e continuarmos a perceber que, antes das ideias, vêm as pessoas, o resto acontece. Os nossos jogos olímpicos não acontecem num determinado momento, vão acontecendo ano após ano de consistência, com estes níveis sempre elevados de competição”, garante.