A música do Brands like Bands, este ano, é outra. O Fernando diz qual

Uma edição totalmente digital, com concertos gravados sem público e transmitidos na Rádio Comercial. Será assim o Festival Brands like Bands, este ano, que muda o paradigma: de evento a conteúdo, com alcance global. Mas há mais planos na forja: o fundador, Fernando Gaspar Barros, conta que a internacionalização é um deles.

 

Briefing | Este ano, o festival mudou-se para o digital. Com que ambição?

Fernando Gaspar Barros | Com o início do confinamento, em março, e com as marcas e empresas em sobressalto com o cenário que se estava e se está a desenvolver em Portugal e no Mundo, decidimos não adiar.
E isto porque fazia e faz cada vez mais sentido com o nosso propósito, de estarmos ao lado das pessoas e das empresas, fazermos o Festival Brands Like Bands, com toda a segurança, e não adiar para 2021.
Criámos então a oportunidade com a Rádio Comercial, que irá fazer a transmissão online, de gravar as atuações, sem público. E assim transitarmos de um paradigma de evento para um paradigma de conteúdo, alavancando deste modo, com as empresas e parceiros, um alcance global. As transmissões acontecem no site da rádio, aos sábados à noite, de 17 de outubro a 14 de novembro.


O que levou à associação com a Comercial?

A nossa ligação à Rádio Comercial começou com o projeto do “Concerto mais pequeno do Mundo”, que fizemos com os Xutos & Pontapés; depois disso, e face à nossa forte ação social, aliámo-nos ao projeto “Eu Ajudo”, para chegarmos ao início deste ano e, ainda antes da pandemia, assumirmos em conjunto um maior trabalho colaborativo.

Outra mudança prende-se com o alargamento do espetro de causas sociais apoiadas. O que determinou e como é/foi feita a identificação dessas causas?

Sim, face ao que se está a passar em Portugal e no Mundo, e como temos cinco dias de transmissão, fazia sentido apoiarmos uma causa por dia e o foco estar assim, especificamente, nessa mesma causa. O processo de identificação é feito pelas próprias empresas, que as escolhem e as elegem em conjunto.

Do ponto de vista da adesão das marcas, há evolução?

Tem havido todos anos um aumento crescente de marcas interessadas. Este ano, participam no festival Siemens, Nokia, PLMJ, L’Oréal, Cofidis, Cisco, Axians, Critical Software, Bosch (Lisboa/Aveiro/Ovar e Braga), Schneider Electric, CGI, Mercedes-Benz.io, Zurich, Grupo RHmais, Vestas DC Porto, ARMIS Group, Byon, Sabseg, Altran, Altice Labs, Super Bock Group, Mercer, GroundForce Portugal e Majorel.
Mas, sendo este um evento único no mundo e se a maior parte das pessoas que tocam, igualmente, em todo o mundo estão a trabalhar em empresas, temos de internacionalizar, inevitavelmente.


E o próprio festival poderá evoluir para outros formatos, passado o atual cenário? Isto é, poderá ser mais do que um festival?

Entre setembro e outubro, vamos começar a fechar a nossa proposta para 2021 e vamos partir da base online do que vamos fazer este ano, com upgrades que consigamos incrementar tendo em consideração a evolução ou regressão da pandemia, isto por um lado. Por outro lado, sim, é sermos mais que um festival e assumirmos aquilo que, na verdade, somos, uma plataforma de empresas, nacionais e multinacionais, onde estas se reúnem e partilham boas práticas e experiências, como aconteceu no inicio desta pandemia, onde se concretizam parcerias e onde também colaboramos em todos os seus desafios estratégicos, daí a integração da Brands Like Bands na iMatch, onde iremos consolidar este passo.

Mencionou a internacionalização. Quais são os planos?

Tivemos o desafio da GoContact para estarmos em Espanha este ano e o desafio mantém-se para 2021. Já identificámos com a iMatch os parceiros para essa concretização e estamos na prospeção de outros para implementar o festival noutros países, também no próximo ano.

briefing@briefing.pt

 

Quarta-feira, 08 Julho 2020 12:02


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