Celebrar a vida é a melhor estratégia

Um dos maiores desafios do Marketing moderno está em encontrar pontos de interesse permanentes que permitam a uma marca acompanhar a longo prazo os seus clientes, sobretudo em setores que, pela natureza dos produtos ou serviços que comercializa, proporcionam tradicionalmente um relacionamento distante.

 

O mercado dos seguros de vida e dos acidentes pessoais é um desses exemplos. Nele o termo “longo-prazo” chega a significar todo um percurso de vida dos clientes – porventura, até mais do que uma geração – mas nele também a distância tende a dominar essa relação, na justa medida em que o ciclo de vida dos produtos é muito alargado e, no limite, o cliente deseja nunca ser necessário acionar a proteção subscrita.

O reforço do vínculo emocional com os clientes inscrito nas receitas do Marketing moderno tem permitido essa aproximação. A aposta num posicionamento digital, a utilização de técnicas de storydoing (e porque não chamar-lhes storyliving?), o aproveitamento do Big Data para novas formas de personalização dos produtos e a criação de conteúdos úteis são alguns dos condimentos que concretizam esse vínculo, com resultados excelentes e efetivos para as marcas.

No entanto, estamos no tempo em que se tornou imperativo redefinir o conceito de aproximação emocional aos clientes, numa tentativa de aprofundar essa relação sem comportamentos intrusivos. Mais do que lhes dar produtos talhados às suas necessidades, ou conteúdos que permitam às marcas acompanhar esses clientes ao longo de diferentes períodos da sua vida, o desafio é agora o de reforçar a componente emocional, acenando aos clientes com novas perspetivas para encarar o seu dia a dia e o seu futuro. No setor dos seguros, isto significa reunir soluções de proteção à medida e projetar uma ideia de otimismo, de tranquilidade e de segurança, acompanhando os clientes em todos os momentos da sua vida e chegando ao que realmente os preocupa e move as suas vidas em família.

O conceito da Celebração é uma das melhores estratégias para atingir estes objetivos. Ao promover diversas ações que realçam o lado otimista da vida dos clientes, é possível participar nessa celebração da vida sem comportamentos intrusivos, promovendo produtos como soluções e sugerindo formas distintas de olhar as vidas desses mesmos clientes. Por exemplo, destacando pequenos gestos diários, formas de interagir com familiares, com os amigos e com outras pessoas, e destacando ideias que ajudem a encontrar novos interesses e gostos nos espaços em que se movem.

Uma vez mais, está na estratégia a chave para potenciar as novas ferramentas de que o Marketing já hoje dispõe e utiliza em prol das marcas, ajudando-as a chegar aos clientes com abordagens cada vez mais originais. E não tenho dúvidas que celebrar a vida é uma forma nobre e muito eficaz de o fazer.

Patricia Jimenez, diretora de Marketing e Comunicação da MetLife na Ibéria

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Segunda-feira, 27 Agosto 2018 09:49


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