“Crescer de forma sustentável” é o objetivo do Rui, para o Côa Summer Fest

Dedicar um dia à reflorestação, substituir os copos de plástico por copos reutilizáveis, colocar ecopontos no recinto e aumentar o número de depósitos de lixo são algumas das medidas promovidas pelo Côa Summer Fest, em parceria com as marcas patrocinadoras. “A sustentabilidade é um tema importante tanto para nós como para o Município de Foz Côa e a sinergia com alguns parceiros geograficamente próximos permite-nos passar esta preocupação de uma forma mais direta, assertiva e eficaz”, explica Rui Pedro Pimenta, organizador do festival que acontece entre 2 e 4 de agosto, em Foz Côa, sob o mote “O verão não é só praia”.

 

Briefing | Quais são os objetivos para a 8.ª edição do Côa Summer Fest?

Rui Pedro Pimenta | Nesta edição, gostávamos de duplicar o número de pessoas a participar no festival e ter mais jovens a pernoitar no campismo e na pousada durante todo o evento. Com vista a atingir este objetivo, cedemos um espaço de campismo gratuito e preços abaixo dos normalmente praticados na Pousada da Juventude.

Reconhecemos o relevo da presença da comunidade local, mas queremos que a população das zonas que nos rodeiam venha e visite Foz Côa.  Para além disso, gostávamos também de aumentar o envolvimento da própria cidade com o evento para potenciar o seu impacto. Esse foi um dos principais motivos que nos levou o envolver o Museu do Côa e a Ramos Pinto, casa de vinhos oriunda da zona Douro.

Se atingirmos estes objetivos é sinal que estamos a crescer de forma sustentada e isso é, para nós, um grande reconhecimento do nosso trabalho.

Qual é o posicionamento deste festival no território da música?

Posicionamo-nos como um festival do interior para jovens que oferece muito mais do que música. Com o mote “o verão não é só praia”, programamos diversas atividades desportivas e culturais, que decorrem ao longo de todo o festival. Para assegurar a diversão, mesmos antes dos concertos começarem, damos aos festivaleiros acesso às Piscinas Municipais a um preço reduzido, à Somersby Pool Party e a um minitorneio de futebol. Não nos focamos apenas na música e esse é um dos aspetos que nos diferencia.

Em termos de artistas convidados, procuramos sempre ter nomes nacionais pois queremos ser palco do que melhor se faz no nosso país. O nosso target são os jovens com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos.

E quais as novidades desta edição?

Este ano, a grande novidade é a Côa Bubble, uma festa da espuma que vai acontecer ao longo de 5km, nas principais ruas da cidade de Foz Côa. Durante o percurso as pessoas podem andar, correr ou até rebolar, o que a torna a atividade adequada a participantes de qualquer idade. Vamos ter também uma ação em que os festivaleiros poderão participar na florestação daquele que será o futuro parque de campismo do Côa Summer Fest.

Para dar música aos festivaleiros, vamos ter diversos nomes que nunca antes pisaram este palco, nomeadamente Putzgrilla, Mundo Segundo, Jimmy P e Blaya. Todos os concertos são gratuitos.

E quanto a parceiros, quais são as marcas que apoiam o festival? A sustentabilidade serviu de critério para a escolha dos parceiros?

A nível organizacional e institucional, temos o Município de Foz Côa, o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Federação das Associações Juvenis do Distrito da Guarda, a Fundação Côa Parque, a Federação Nacional das Associações Juvenis e a APORFEST – Associação Portuguesa de Festivais de Música. Em termos de patrocínios, contamos com a Super Bock, a Somersby e a Casa de Vinhos Ramos Pinto.

A sustentabilidade é um tema importante tanto para nós como para o Município de Foz Côa e a sinergia com alguns parceiros geograficamente próximos permite-nos passar esta preocupação de uma forma mais direta, assertiva e eficaz. Também o Super Bock Group, enquanto fornecedor de bebidas do Côa Summer Fest, viu com bons olhos a adoção destes comportamentos eco-friendly. Para a organização é muito relevante estarmos em sintonia com quem trabalha connosco.

Referiram a sustentabilidade como uma das preocupações da organização. Neste âmbito, o que é proposto para esta edição?

As questões ambientais foram muito pensadas ao longo da organização da edição deste ano. A

discussão sobre a utilização excessiva de plástico está na ordem do dia e não podemos ignorar a pegada ecológica de eventos como festivais. Para tentar minimizar o impacto ambiental do Côa Summer Fest, vamos substituir os copos de plástico por copos reutilizáveis, colocar ecopontos no recinto e aumentar o número de depósitos de lixo, de forma a evitar resíduos espalhados no recinto.

Dado o crescimento do festival e a necessidade de dar aos festivaleiros que pretendem pernoitar no local um campismo mais amplo e verde do que o atual, organizámos ainda a ação de florestação, em parceria com o Município, que já referimos. Durante a tarde de 3 de agosto, sexta-feira, todos poderão pôr mãos à obra e plantar a sua própria árvore.

Ainda no contexto da sustentabilidade, o que destaca o Côa Summer Fest dos outros festivais de música?

Já se tornou comum vermos algumas ações de sensibilização alusivos a problemas ambientais em diversos festivais. Também nós fizemos pequenas mudanças, como a implementação dos copos reutilizáveis, que, desde logo, transmitem aos nossos festivaleiros o nosso posicionamento relativamente a este tema.

Acreditamos, porém, que é a audácia de incluirmos algumas ações pontuais, como é o caso da mencionada florestação, a decorrer no segundo dia do festival, que nos distingue dos demais eventos do género. Esta é uma iniciativa pioneira no contexto dos festivais de verão.

Apesar da nossa “pequena” expressão no contexto nacional, tentamos que as pessoas percebam que a nossa preocupação relativamente a temas ambientais é levada bastante a sério.

Que iniciativas, no âmbito da sustentabilidade, têm as marcas que apoiam o festival?

Em primeira instância, todas elas aceitaram adotar os comportamentos e medidas que nós sugerimos. A questão da substituição dos copos implicou mesmo uma alteração direta no serviço de algumas, contudo não houve nenhuma marca a opor-se. Quer isto dizer que todos os envolvidos partilham da consciência ecológica do Côa Summer Fest.

Em paralelo, sabemos que também elas desenvolvem as suas próprias iniciativas. A Super Bock, por exemplo, tem vindo a trabalhar bastante para que os copos plásticos sejam substituídos por reutilizáveis. Inclusive, no contexto de festivais de maiores dimensões, criou já alguns designs distintos para os mesmos.

Quais são as expectativas para esta edição?

A nossa ambição, ao longo de todas as edições é crescer de forma sustentável e tornarmo-nos o maior festival para jovens, no interior. É para isso que trabalhamos. Nesta edição, esperamos receber mais visitantes, tanto da cidade como de zonas periféricas atraídos pela riqueza histórica e cultural de Foz Côa e também pela programação do Côa Summer Fest. Quem sabe poderemos até contribuir para alargar horizontes.  

Esperamos também conseguir um maior envolvimento da cidade, em resultado das mencionadas parcerias com entidades locais estrategicamente escolhidas, bem como dos próprios festivaleiros, ao longo de todo o evento.

No que toca a questões ambientais, esperamos tocar quem nos visita e conseguir consciencializar e incentivar os presentes a terem comportamentos responsáveis, tanto durante o festival como no seu quotidiano.

rb@briefing.pt

Quarta-feira, 01 Agosto 2018 11:13


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