Falando com a Briefing no lançamento destes vinhos, partilhou que o design do Cota 600 remete para os mapas das curvas de nível do Douro, com a intenção de refletir a altitude das vinhas que lhe dão origem. Já o tom ocre do rótulo, evoca o terroir.
Quanto ao Wild, diz que se propôs homenagear o próprio nome, que pincelou a negro de tinta da China. E quis que saísse do rótulo precisamente para dar a nota de um vinho inconformado.
Coube a um dos criadores do projeto Quanta Terra, Jorge Alves – o outro é Celso Pereira – dar a conhecer as novidades. O Cota 600 é um tinto de 2022 feito de Tinta Roriz e Tinta Amarela, da sub-região de Cima Corgo. Apresenta “uma riqueza que vem da altitude” e que se manifesta num estilo que – comenta – não é obviamente clássico, é, antes, mais frutado e mais light. A ideia é “ir explorando” e por isso saíram apenas 3500 garrafas.
Já o Wild, resulta da colheita de 2021, sendo um monocasta Pinot Noir. Estagiou em barricas usadas, apresentando notas de mel e de resina que resultam do engaço, um processo que lhe confere mais estrutura. “No limite, é um vinho moderno”, comenta o produtor.
Os dois vinhos foram apresentados num almoço, em Lisboa, em que estiveram também à prova o Quanta Terra 2016 Golden Edition, o Manifesto 2017 e o Inteiro 2013.
Localizado em Alijó, na região do Douro Vinhateiro, o Quanta Terra produz, anualmente, cerca de 60 mil garrafas, 27% das quais se destinam ao mercado externo.
Fátima de Sousa