Agora, a J. Carranca Redondo, proprietária do Beirão, admite recorrer. E continua convicta de que a sua concorrente “pratica atos de concorrência desleal”.
A dona do Licor Beirão acusa a Caves da Montanha de “cópia” da sua estratégia comercial, tendo interposto uma providência cautelar sustentada num estudo elaborado pela Marktest: perante a pergunta “Qual a marca que associa ao Licor de Portugal?”,75,8 por cento dos inquiridos respondeu “Licor Beirão” e, quando questionados sobre “Qual a marca que associa ao Licor Nacional”, 77,8 por cento dos inquiridos também respondeu Licor Beirão e apenas 0,9% respondeu Licor Nacional.
Mas o tribunal indeferiu o pedido de providência cautelar sustentando que a expressão “Licor de Portugal” não pode ser considerada um exclusivo da marca da J. Carranca Redondo. Considerou igualmente o tribunal improcedentes as alegações de semelhança gráfica, fonética ou outra passível de induzir o consumidor em erro perante as duas marcas de licores.
A detentora do Licor Beirão admite agora a possibilidade de recorrer. E argumenta que, enquanto a decisão sobre a providência cautelar esteve pendente, a Caves da Montanha continuou a vender o Licor Nacional, tal como manteve a campanha publicitária.
Conclui a empresa que “continuará a defender o Licor Beirão, uma marca criada com muito esforço ao longo de décadas e não permitirá que outros produtores, alegando a crise, se aproveitem da notoriedade da marca”.
(em atualização)
Fonte: Briefing