Fred explica porquê. Porque as agências têm uma nova missão – ajudar os clientes a repensar o modelo de negócio. Mais: as agências devem assumir-se como parceiras dos clientes no negócio.
É isso que faz na agência onde está há três anos, e para onde mudou para fugir da zona de conforto – “que, para um criativo, é um pé na cova”. Não queria repetir as mesmas fórmulas, isto é, não queria “trocar o seis pelo meia dúzia”.
Neste novo modo de fazer publicidade, a tecnologia é a ferramenta criativa que permite inovar, que permite ir além da simples peça de comunicação e ser relevante. O ambiente digital – diz – potencia parceiros de negócio muito fortes. Na Isobar Brasil, acompanha-se o desempenho económico dos clientes e os clientes já esperam isso da agência.
Assumindo que a tecnologia já está no quotidiano de todos, o papel da agência é humanizá-la, integrá-la naturalmente. “Não pode ser complicada e fria, tem de ter uma carga emocional”, afirma Fred, rematando que a melhor tecnologia é a que é invisível.
O grande desafio é agora o chamado brand commerce, isto é, gerar ideias e projetos que façam com que a experiência de marca vire experiência de compra, que faça com que os produtos sejam verdadeiramente relevantes na vida das pessoas, porque é isso que as pessoas esperam das marcas. A pergunta é “O que é que a marca está a fazer por mim?”.
Na Isobar Brasil dá-se resposta a esta questão através da tecnologia. Este enfoque mudou “drasticamente” o dia a dia da agência, onde as equipas funcionam como mini start-ups. Subordinadas ao mote “Ideas without limits”.
Dessas start-ups saiu o caso que Fred Saldanha apresenta amanhã em Lisboa. Criado para a Fiat, valeu à Isobar o primeiro Leão em Inovação. Saiu também o Sky Tip, criado para a operadora brasileira Sky. Dois projetos que, disse hoje em Lisboa, o criativo português que há anos se mudou para São Paulo, são emblemáticos deste novo jeito de pensar e fazer publicidade.