Imprensa cresce no digital, cai no papel

Quase todos os jornais generalistas portugueses viram as vendas em banca cair nos primeiros oito meses do ano. Mas, em contrapartida, assistiram ao crescimento das assinaturas digitais. Este é o cenário do último relatório da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT).

Nos diários, lidera o Correio da Manhã (CM), com vendas acima dos 110 mil exemplares por edição. E nos semanários o Expresso, que, segundo a edição diária do semanário, vende, em média, mais de 90 mil exemplares por número, valor que desce para 71.595 segundo a edição de hoje do CM.

No entanto, o diário da Cofina caiu 2,5%, o que não o impediu de reforçar a distância face ao segundo mais vendido, o Jornal de Notícias, cuja quebra foi de 7,4%. Ainda segundo o Expresso Diário, o Público foi o único a registar uma ligeira subida, de 1%, para uma média de 28 mil exemplares.

Também nos semanários o cenário foi de quebra, com o Expresso a vender menos 4,3% e a Visão a descer 9,6%. O Sol e a Sábado caíram na ordem dos 10%. Ainda assim, segundo o Correio a Manhã, na comparação entre as duas revistas, a da Cofina sai a ganhar, porquanto tem vendas médias de 33.530 exemplares contra 28.579 da da Impresa. 

Quanto ao digital, os títulos que mais cresceram foram o Expresso, o Público e a Visão: o semanário da Impresa viu subir em 57% a circulação paga digital, com mais de 11 mil subscritores; o diário da Sonae aumentou 73,5%, para quase sete mil vendas digitais, enquanto a newsmagazine disparou 96,2%, para uma média superior a quatro mil vendas.

briefing@briefing.pt

Quinta-feira, 30 Outubro 2014 11:25


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