Na imprensa “Somos todos Charlie”

“Somos Charlie” é a frase que hoje marca as capas dos diários generalistas e económicos portugueses. A onda de solidariedade chegou à imprensa, que reage, assim, ao atentado de ontem no semanário satírico Charlie Hebdo, em Paris.

A resposta ao ataque em Paris, que matou 10 jornalistas e 2 polícias, foi dada por milhares de pessoas através das redes sociais, onde foram publicadas imagens de cartoons em defesa da liberdade de expressão. Mas, uma imagem ganhou outra dimensão – “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie”) – está a ser usada como símbolo de solidariedade, e defesa da liberdade de imprensa, em todo o mundo.

Assim, o Público está de luto, numa capa encabeçada com a frase “Somos Charlie”; à semelhança do Jornal de Notícias, que também apresenta meia capa negra. O Negócios escolheu o cartoon “O amor é mais forte do que o ódio”, de Charlie Hebdo, em que um muçulmano beija um cartoonista, enquanto o Económico refere a frase “Je Suis Charlie”, além de dedicar o editorial a este tema.

O Diário de Notícias e o I distinguiram-se, tendo criado cartoons alusivos a Charlie Hebdo. Já o Correio da Manhã puxou para a capa uma imagem do atentado, e na página 40 publica uma imagem da redação, com os jornalistas a levantar folhas de papel com as frases – “Eu sou Charlie” e “Pela liberdade de expressão”.

Também as rádios do Grupo Renascença associaram-se ao minuto de silêncio, que decorreu em França às 12h (11h em Portugal), numa homenagem às vítimas do atentado. A Renascença e a Rádio Sim enquadraram o minuto de silêncio com uma música, e invocaram o nome de cada vítima. Já a Mega Hits leu uma declaração de um antigo diretor do Charlie Hebdo, Philippe Val, e tocou de seguida “Imagine” de John Lenon.

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Quinta-feira, 08 Janeiro 2015 13:33


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