Segundo as previsões do GroupM, grupo de investimento em meios da WPP, o setor vai, pela primeira vez em 2024, ultrapassar um milhão de milhões de dólares de receitas totais. Para 2025, o relatório prevê ainda um crescimento de 7,7 %, atingindo 1,1 milhão de milhões de dólares.
A publicidade digital continua a ser o canal mais forte: estima-se que cresça 12,4 %, a nível global em 2024; e represente 72,9 % do total da publicidade, em 2025. Os meios de retalho continuam a emergir como um segmento em rápida expansão nesta categoria de publicidade. A expetativa é que atinjam os 176,9 mil milhões de dólares, globalmente em 2025, e ultrapassem pela primeira vez as receitas totais da televisão, incluindo streaming.
Quanto ao segmento de televisão, o TYNY antecipa um aumento de 1,9 % em 2025, com receitas de 169,1 mil milhões de dólares a nível mundial. O meio televisivo tradicional será responsável por 72,6 % desse valor, mas prevê-se que, de 2024 para 2025, a receita caia 3,4 %. A TV por streaming, por outro lado, deve crescer 19,3 % em 2025. Já em 2029, o relatório estima que o streaming represente 37,5 % da receita total de TV.
A publicidade fora de casa (out of home) manteve a sua quota no setor da publicidade global, em grande medida devido ao forte desempenho da publicidade digital (digital out of home), que se antecipa que represente 42 % das receitas totais de OOH em 2025. As receitas globais do áudio vão manter-se praticamente inalteradas em 2025, enquanto a publicidade impressa enfrenta novos declínios, justificados pela digitalização e pela influência da inteligência artificial.
Antecipa-se que os dez principais mercados de publicidade cresçam em 2024, embora em graus variados. Os EUA e a China continuam a ser os maiores mercados, com receitas totais de publicidade a crescer, respetivamente, 9 %, para 379 mil milhões de dólares, e 13,5 %, para 204,5 mil milhões de dólares. O Reino Unido continua em terceiro lugar, logo à frente do Japão. A Alemanha e a França mantêm as suas posições, seguidas pelo Canadá, Brasil, Índia e Austrália.
João Bernardo
