O que acrescenta à marca a comunicação de grandes questões sociais nas campanhas de Natal?

Respondem: a diretora de Marketing e Comunicação da MEO, Luiza Galindo; a Brand & Communication senior VP da NOS, Rita Torres Baptista; e a diretora de Marca da Vodafone Portugal, Leonor Dias, depois das campanhas de Natal das suas operadoras terem sido lançadas. É a Prova dos 9!

Luiza Galindo, diretora de Marketing e Comunicação da MEO:

Chegados à época mais introspetiva e emotiva do ano, o MEO volta a usar a sua voz para consciencializar os portugueses para um tema tão importante como o dos direitos humanos.

Nos últimos anos, temos vindo a assistir a novas visões de incompreensão, ligadas ao que é diferente, e manifestadas em múltiplos comportamentos individuais e coletivos. Este Natal, quisemos contrariar essa tendência e dar enfâse às diferenças que nos tornam seres únicos e especiais, pelo que criámos uma campanha com base nos artigos 18.º e 19.º da declaração mais importante da história da humanidade: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

O MEO procura ser líder de mudanças positivas, que impactem as pessoas. E esta campanha é prova disso. Queremos apelar ao coração dos portugueses para um tema tão importante como a diversidade humana. Este é o nosso maior compromisso para este Natal!

É importante relembrar que somos uma marca de causas, uma marca que dita tendências e que está consciente da relevância da sua atuação. Pretendemos mobilizar as pessoas para o que nos é mais característico enquanto humanos: o fator emocional. O caminho que temos vindo a construir tem-nos dado espaço para construir um sentimento positivo e de envolvimento junto dos consumidores, tornando-os verdadeiros embaixadores das causas que defendemos. É tempo de refletir e dar espaço a assuntos que façam a diferença, para que juntos possamos contribuir para o futuro da sociedade.

Rita Torres Baptista, Brand & Communication senior VP da NOS:

As marcas têm o poder de trazer temas à discussão pública, têm o poder de consciencializar e influenciar e inspirar novos comportamentos. É uma capacidade transformadora. Faz sentido as marcas ativarem esta sua capacidade em causas que são próximas do seu propósito e foi o que a NOS fez com a escolha da temática da solidão na campanha de Natal.

O propósito profundo da NOS é o da ligação das pessoas. Paradoxalmente, apesar de estarmos no mundo mais conectado de sempre, as estatísticas, alarmantes, dizem-nos que a solidão cresce a olhos vistos: “Uma em cada cinco pessoas sente que não tem com quem contar” – Gallup World Pool 2022.

A dimensão do dado mostra-nos que a solidão está claramente entre nós. Mas, ao contrário de outras temáticas de resolução mais complexa, nesta, todos podem ter um papel. A melhor maneira de combater a solidão, é dar atenção. Cada um de nós tem um círculo de relações onde pode agir e fazer toda a diferença. Na campanha de Natal, a NOS procurou inspirar um comportamento coletivo de maior ligação. E fê-lo sem impacto comercial direto, oferecendo aos clientes um reforço de dados, SMS e chamadas, até 26 dezembro.

Há ganhos extraordinários em trazer consciência para uma temática tão relevante, acionável e legitima do ponto de vista de marca. O conteúdo que fez o lançamento da narrativa conta já com mais de 10 milhões de visualizações no digital. Ecoou. No total da campanha, o valor é muito superior.

Leonor Dias, diretora de Marca da Vodafone Portugal:

Natal é, na sua essência, um tempo de reflexão e de ajuda ao próximo. A tradição da Vodafone, nesta quadra, é dar palco a temas socialmente sensíveis que merecem a atenção e ação de todos. E esse é o resultado que pretendemos ter com os temas que selecionamos para as campanhas de Natal. Fazemos campanhas que vão além da reputação e do negócio, porque dedicamos o nosso trabalho e também o nosso investimento a causas em que acreditamos. É algo intrínseco às convicções e valores da Vodafone. Temos a coragem e a ousadia de abordar temas, muitas vezes difíceis, para que possamos consciencializar e promover o diálogo na sociedade.

Em 2020, abordámos o tema dos profissionais de saúde que muito nos deram durante o período pandémico; no ano seguinte, abordámos o problema crescente da violência doméstica. Este ano, abraçamos a causa da saúde mental, que se tem agudizado também no pós-pandemia, sobretudo nas gerações mais jovens. Falamos do ato de coragem que é pedir ajuda quando mais necessitamos, mas também promovemos a importância de estarmos atentos ao próximo.

Esta é uma campanha que pretende normalizar a doença mental e passar uma mensagem de esperança e de confiança num amanhã melhor. Esta é uma campanha que – tal como as anteriores campanhas de Natal da Vodafone – pretende acrescentar mais à sociedade, do que à marca.

briefing@briefing.pt

Terça-feira, 20 Dezembro 2022 12:57


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