O que trouxe a SamyRoad para Portugal? O Francisco explica

Não se assume como uma agência de influenciadores, ainda que o marketing de influência esteja no centro do que faz. Mas com recurso a “tecnologia proprietária”. É assim a SamyRoad, startup fundada por três jovens em Espanha e que há um ano opera em Portugal. Com Delta, FOX, Microsoft, Pernod Ricard e Central de Cervejas no portefólio. Francisco Morgado Véstia é quem conduz os destinos da empresa em Portugal e explica o que a trouxe para cá.

 

Briefing | O que fez de Portugal um mercado apetecível para a expansão da SamyRoad?

Francisco Morgado Véstia | Grande parte das nossas decisões de expansão prende-se com a forma como a nossa tecnologia proprietária funciona. A decisão de avançar para o mercado português teve principalmente a ver com o nível de qualidade de análise e com a quantidade de perfis elegíveis que conseguimos medir nas redes sociais mais habituais para o território português.
Garantindo esse grau de qualidade de análise e classificação, sentimos que no final de 2016 estávamos prontos para começar a contactar clientes e apresentar a nossa metodologia de trabalho, assegurando eficácia e retorno.

Qual o balanço deste primeiro ano de presença no mercado nacional?

O balanço não poderia ser mais positivo. Em termos de operação temos hoje uma equipa pequena, mas sólida, que conseguiu rapidamente assimilar as metodologias e os formatos de trabalho da SamyRoad, as quais garantem a qualidade e a presença em mais de 25 territórios. Ao mesmo tempo, esta equipa compreende e consegue apreciar as nuances e características que fazem do mercado português um caso muitas vezes singular. A resposta do mercado à nossa forma de abordar o desafio do marketing de influência e conteúdos tem sido fantástica. A tipologia, qualidade e diversidade de categorias que temos operado nas nossas campanhas, logo no primeiro ano em Portugal, são sinal de que a nossa oferta faz de facto sentido em Portugal.

Quantas campanhas já efetuou (em Portugal) e para que marcas?

Durante 2017 efetuamos mais de 30 campanhas distribuídas por mais de uma dezena de clientes tais como Pernord Ricard, Delta Cafés, FOX Channels, Central de Cervejas ou Microsoft. Mas tivemos também a oportunidade de colaborar em campanhas internacionais operadas a partir de Portugal, como por exemplo a cooperação que fizemos com a TORKECC integrados num processo de cocriação estratégica para a campanha de “KIA Stinger”.

Como se posiciona enquanto agência?

Muitas vezes, gostamos de começar por explicar que não nos vemos como agência. No sentido em que não temos um portefólio de influenciadores e criadores exclusivos que representamos em troca de uma percentagem do seu valor. Não é isso que fazemos. Existem muitas operações nesse formato em Portugal e algumas de excelência com quem, aliás, gostamos de colaborar mais regularmente.
O que oferecemos é a oportunidade de usar a nossa tecnologia proprietária e rede de contactos ao serviço de necessidade resposta a estratégias de conteúdo e influência para marcas. Nesse sentido, somos um serviço que oferece às marcas a liberdade de criar e operacionalizar estratégias integradas de conteúdo com acesso a influenciadores e criadores sem limitações dos seus “brookers” e plataformas. Nós temos a tecnologia e experiência para apresentar estratégias com previsibilidade de resultados, objetividade de planeamento e uma independência de contacto que irá sempre garantir e proteger a campanha global da marca em que nos integramos.

O que oferece de diferenciador às marcas na relação com os chamados influenciadores?

Acima de tudo: a nossa experiência neste sector onde operamos internacionalmente desde 2013; tecnologia proprietária que integra maiores camadas de informação de análise; e uma total independência de colaboração que nos permite executar estratégias independentemente de plataforma, da representação dos protagonistas inseridos na campanha e até de barreiras de língua ou país.

O marketing de influência é alternativo ou complementar ao investimento publicitário mais convencional?

Posso assegurar que, historicamente, o que os nossos cases internos nos ensinaram nestes últimos cinco anos é que é exatamente a integração e a complementaridade com a storytelling e presença no chamado “above the line” que reside o “ponto ótimo” para as campanhas de maior sucesso.
Este tipo de estratégia permite exatamente aproximar as mensagens que se passam em TV, Imprensa, OOO, advertorial, etc., através da clarificação, experiência e validação dada por protagonistas que os consumidores assumem como vozes relevantes para a categoria em questão.

O que, no entender da SamyRoad, define uma estratégia eficaz com recurso a influenciadores?

Transparência na execução, respeito pela plataforma e protagonista do conteúdo, validação estratégica com base em KPI claros, compreensão do objetivo do conteúdo.
Mas principalmente: a compreensão para o fator de risco que existe, sempre, que uma marca se permite a ser comunicada por interlocutores com os quais não tem direção criativa a 100%. Nessa cedência, é onde encontramos espaço para acontecer algo verdadeiramente surpreendente. A marca pode ver, de facto espelhado, por alguém que é seu potencial consumidor, como é percecionada à luz das pessoas que usam os seus produtos todos os dias.

Que retorno tem para as marcas? Como se mede?

Diferentes tipos de ação ou campanha podem ser medidas em taxas de sucesso por KPI distintas. Para algo que tem como objetivo dar a conhecer uma nova marca ou produto, poderemos estar mais concentrados em métricas de cobertura, mas é provável que, numa ação onde queremos aumentar a taxa de utilização de um serviço online, possamos olhar a resultados de tráfego ou utilização de códigos únicos. Mas também existem campanhas onde queremos principalmente incidir a nossa medição em performance de taxas de interação para um sector demográfico específico.
Na SamyRoad, graças à nossa tecnologia proprietária e experiência, podemos adequar e encontrar, em conjunto com o cliente, os KPI que melhor traduzem não só o sucesso final da campanha, mas que funcionam inclusive como drivers na execução estratégica de escolha de protagonistas.

Qual a ambição para 2018, para o mercado português?

De forma muito clara e taxativa: queremos crescer.
Mais precisamente, temos como ambição duplicar o nosso volume de negócio até ao final do ano e aumentar a nossa equipa.
Mas queremos também aprofundar a nossa relação com os nossos clientes mais regulares; estar mais próximos dos processos de execução e planeamento logo nas fases de criação estratégica anual e solidificar a nossa posição no mercado como especialistas e parceiros para desafios de “content & influence marketing” em Portugal, da mesma forma que já o somos noutros mercados internacionais.

 

O que trouxe a SamyRoad para Portugal? O Francisco explica

fs@briefing.pt

 

Quarta-feira, 28 Fevereiro 2018 13:03


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