Navegar na internet, ver televisão e utilizar o telemóvel ao mesmo tempo é cada vez mais recorrente no dia-a-dia dos portugueses, com especial destaque para a camada mais jovem da população.
Segundo o estudo encomendando pela Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) à GfK, enquanto vê televisão, 33 por cento dos portugueses utiliza simultaneamente o telemóvel às vezes, 14 por cento com frequência e 4 por cento sempre. Já a internet, é utilizada em simultâneo com outros meios por 20 por cento dos portugueses, sendo que 14 por cento utiliza-a às vezes e apenas 4 por cento com frequência.
A televisão é também o meio de eleição para os portugueses estarem informados. Apesar de estar em queda no segmento mais jovem, 94 por cento dos portugueses afirma utilizar a televisão para ver notícias e informação e 60 por cento elege este meio como companhia.
Por sua vez, a Internet é também muito propícia ao multitasking: 60 por cento da população usa o telemóvel enquanto está na internet e 51 por cento vê televisão ao mesmo tempo. Tempos mortos e horas de lazer são os principais momentos de utilização deste meio, com especial destaque para a consulta e envio de emails, procura de informação e utilização das redes sociais.
No caso da rádio, o momento mais habitual para ouvir é em viagem, contudo é em casa que se ouve mais, com uma média de 68 minutos por dia consumidos em casa. É importante realçar ainda que este é o meio de eleição para os portugueses ouvirem música.
Já a imprensa fica um pouco atrás dos outros meios no que diz respeito aos minutos de consumo. É curioso que 60 por cento dos portugueses utiliza este meio em cafés ou outros espaços públicos.
Resta acrescentar que, no que ao telemóvel diz respeito, os jovens são a camada da população que mais uso dá às diferentes funcionalidades oferecidas pelos devices. Seja enviar SMS, tirar fotografias, utilizar o despertador e a calculadora ou ouvir música, neste meio são os jovens que marcam a diferença com, por exemplo, 97 por cento a utilizar o telemóvel para enviar mensagens, em contraste com 63 por cento da população em geral.
Para realizar este estudo, a GfK teve em conta um universo constituído por indivíduos com 15 e mais anos, residentes em Portugal Continental e realizou 1251 entrevistas que, após ponderação, representam 8.524 milhões de indivíduos.
Filipe Santa-Bárbara
Fonte: Briefing