Sobre o propósito das marcas, Martin Sorrell tem uma convicção

“Estamos a inteletualizar demais o propósito das marcas”. A convicção de Sir Martin Sorrell, antigo CEO do grupo WPP e executive chairman da S4 Capital, foi manifestada na intervenção mais aguardada da Global Marketeer Conference, na tarde desta quinta-feira. Isto – diz – quando se fala de marcas duradouras e aí a rentabilidade não pode ser sacrificada.

“As grandes marcas estão a demorar tempo a adaptar-se, mas estão a chegar lá”, afirma. Entende que as marcas tradicionais têm nas suas mãos a adaptação ao mercado e à concorrência que enfrentam por parte das marcas millennial, provenientes especialmente da China. “Têm produção, distribuição, marketing…” O que lhes falta, então? Velocidade, defende. “Duplicar a velocidade é um elemento chave”, sugere. Rapidez como a que adianta que a S4 Capital tem.

Fundamental para as marcas antigas é também “apostar na inovação”, advoga. Porque, refere, “pode-se ter inovação sem branding, mas não se pode ter branding sem inovação”.

Em conversa com o CEO da Federação Mundial de Anunciantes, Stephan Loerke, afirma que ainda que a China seja uma “força imparável, Nova Iorque ainda é o coração da indústria”. Sobre a pressão que as agências têm sofrido, sobretudo após 2008, e que as levou a mudar as suas estruturas, sustenta que também os clientes têm que mudar. “Não faz sentido pedirem-nos para mudar a nossa estrutura, se a estrutura dos clientes também não mudar”.

E sobre o Brexit, “para onde vamos?”, perguntou Loerke, já no final. Sir Martin não faz “ideia”, mas deixa o desejo de que não aconteça.

sd@briefing.pt

 

Quinta-feira, 28 Março 2019 17:49


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