“Nós somos uma empresa que nasce na tecnologia e depois faz serviços de consultoria e serviços técnicos sobre tecnologia, informática e desenvolve projetos”. É assim que Eduardo Taborda descreve a Syone, que, em 2024, comemora 25 anos de atividade. Em conversa com a Briefing, o CEO afirma que o elemento que distingue esta empresa da sua concorrência é a atitude com que o trabalho é feito: “a vontade de fazer sempre melhor do que da última vez”.
Neste quarto de década, muito mudou no que diz respeito à tecnologia e, para isso, a resiliência e capacidade de adaptação têm sido o segredo do sucesso, tal como confessa o responsável. “Este mercado é extremamente volátil, essa volatilidade tem vindo a aumentar”, diz. Contudo, afirma que, atualmente, os desafios são maiores devido ao facto de a competição não ser apenas com empresas locais tendo passado para uma escala global. Isto é algo com que a Syone se tem confrontado desde o início, sendo que, no seu segundo ano de atividade, deu o primeiro passo na internacionalização, tendo já colaborado com mais de 500 clientes em mais de 15 países.
Relativamente à faturação, em 2023, esta sofreu uma descida, o que contrariou a tendência positiva que se observou nos três anos antes da pandemia de Covid-19. Apesar de, à primeira vista, este resultado parecer negativo, segue o objetivo estabelecido de ter como foco a “qualidade e eficiência”, em vez de a atenção estar toda virada para o crescimento.
No âmbito do conceito de esta não ser uma companhia apenas direcionada para os lucros, a Syone está envolvida em dois projetos que se destacam. O primeiro, e com maior notoriedade, é a parceria com a Syone Sailing Team, uma equipa de vela que, recentemente, se consagrou tricampeã do ranking nacional, além de ter vencido outras provas, tais como o Príncipe das Astúrias, em Espanha. A intervenção social não se prende apenas com este patrocínio, sendo que entre as várias causas apoiadas se encontra a RESGATE – Associação de Nadadores do Litoral Alentejano, que pretende promover uma cultura de segurança e prevenção no meio aquático.
Já no que diz respeito ao futuro, Eduardo Taborda afirma que a intenção é encontrar melhores talentos do que a empresa já tem, acreditando que esta é a melhor maneira de a fazer crescer, e que algum desse caminho passa pela formação dos profissionais. “Vamos continuar a evoluir, evoluir com os nossos clientes, vamos trabalhar e continuar a trabalhar na área de projetos”.
Em termos de tendências nesta área da tecnologia, a sua convicção é que a Inteligência Artificial seja algo importante, mas que, para atingir os objetivos propostos, o interesse passa por explorar a sua vertente empresarial, incorporando-a as organizações, nomeadamente para segurança dos dados da informação, privacidade e controlo de acessos. “Vamos estar sempre atentos às novas tecnologias, não para estar a pegar em tudo o que aparece, mas sim quando se percebe que, de facto, essa nova tendência é útil para as empresas, vai ser adotada por elas e o que é necessário em termos de valor acrescentado é incorporado, para que possam ser utilizadas de forma segura, fiável, consistente”.
Simão Raposo