Briefing | No princípio era o banner. E agora?
Carlos Vieira | Agora são estratégias de Marketing online agregadas, que contemplam diferentes formatos (banners, anúncios de texto, email marketing, retargeting, etc) e diferentes canais de promoção (motores de busca, redes sociais, redes de afiliação, mobile, etc), muito focadas em performance. Hoje em dia o cliente está a deixar de se preocupar apenas com o número de cliques, estando cada vez mais atento às vendas originadas pelo seu investimento no online. Já não interessa adquirir os meios online apenas para efeitos de notoriedade, interessa adquirir os meios onde essa notoriedade gera vendas. É aqui que entram as empresas 100% especializadas em marketing digital por performance, como é o caso da Sales Engine Online.
Briefing | Que desafios se colocam ao marketing digital e às agências?
CV | Essencialmente estratégia, criatividade e conhecimento. Em primeiro lugar saber distinguir o que é uma estratégia de branding de uma estratégia de vendas na Internet. A Internet é um meio de vendas por excelência, sem intermediários entre as marcas e os consumidores. É também necessário conhecer os meios e os formatos que convertem. Qualquer um pode fazer uma campanha de ads no Google ou no Facebook mas é necessário muito mais conhecimento. Sem esse conhecimento, as agências perdem valor. E, claro, no fim, criatividade. Da imagem aos conceito, sem esquecer o click to action.
Briefing | Que peso deve o digital ocupar nas estratégias de marketing das marcas?
CV |Depende das marcas, mas, pela evolução do consumo de media do consumidor, a Internet já deveria pesar metade do investimento publicitário. Aliás, esta é uma tendência que já se verifica em alguns países, como é o caso do Reino Unido, e que com as novas gerações, que inclusive já veem os seus programas preferidos através da Internet, ainda terá um impacto maior. A questão que se coloca é saber qual o peso do marketing performance vs o de notoriedade. Verifica-se, ao longo dos últimos três anos, um crescimento acentuado do primeiro. Na SEO acreditamos que as ações devem ser complementares, andando de mãos dadas, sendo que notoriedade sem vendas, para nós, não faz sentido. É por isso que na SEO não adquirirmos meios onde temos milhões de impressões, milhares de cliques e zero vendas.
Briefing | Os consumidores estão já cada vez “digitalizados”. As empresas compreendem este fenómeno?
CV | Sim. É inevitável. Até as empresas de serviços já tem estratégias de vendas na Internet: seguros, bancos, telecomunicações, alarmes já perceberam que sai mais barato angariar um cliente pela Internet do que por outro meio qualquer. É mais eficaz e mais eficiente.
Briefing | Tendo em conta que os resultados para o negócio podem não ser óbvios, como se “convencem” as marcas a investir no digital?
CV | O nosso modelo de negócio prova o contrário. As marcas não investem. Nós investimos e as marcas só nos pagam por resultados. As vantagens para o negócio são óbvias. Aliás, o digital é o único meio onde é possível saber o retorno do investimento ao milímetro, desde o processo de angariação até à venda.
Briefing | Nesta altura de contenção/contração de investimentos, faz mais sentido investir no digital ou não há relação causa-efeito?
CV | Faz mais sentido apostar no digital, mesmo que seja para levar as pessoas para a loja, através de estratégias de vouchers ou promoções. O consumidor vive na Internet. Trabalha com a Internet. Estuda com a Internet. Vê filmes na Internet. Para além de tudo isto, é muito mais barato investir na Internet do que nos outros canais.
Briefing | O que é uma boa campanha digital?
CV | É uma campanha que garanta ao cliente uma presença correta no diversos canais digitais existentes, tendo em consideração os objetivos traçados e o target a atingir. Tem de ser 100% mensurável e trazer retorno ao cliente.
Fonte: Briefing