Com a aromoterapia no ADN, a comunicação passa por dizer “sim, ao natural, mas sim, também, à eficácia do produto”, sendo uma estratégia que está refletida na sua assinatura: “A eficácia no seu estado mais puro”.
Em termos de posicionamento, a marca trabalha com “os mesmos códigos das grandes empresas farmacêuticas”, no entendimento de que os seus produtos são concorrentes dos medicamentos. Isso explica que o circuito comercial seja o das farmácias e parafarmácias. O ponto de venda assume, pois, um papel fundamental, mas a estratégia de marketing passa também pela comunicação digital, redes sociais incluídas. Mas, existem, por outro lado, produtos e momentos do desenvolvimento da empresa em que essa comunicação é feita junto do “grande público”, através de “media mais abrangentes”. “Depende da maturidade do país onde nos colocamos”, completa Marco. No caso de Portugal, explica que a formação nos pontos de venda é essencial, envolvendo ainda a educação, tanto dos clientes como dos farmacêuticos.
Falando no mercado nacional, o cofundador relembra que a relação da marca com o País já tinha sido iniciada há seis anos, embora problemas com o distribuidor tenham levado a que o projeto não avançasse, motivo pelo qual apenas se conseguiu apresentar, realmente, há dois anos.
No que a valores associados ao mercado português diz respeito, as respostas, para já, ainda não são animadoras para a marca e a faturação é “extremamente mínima, dentro do grupo”, embora a empresa tenha a esperança de que o negócio se desenvolva “rapidamente”.
“Hoje somos uma empresa familiar, 100% independente, e, portanto, não podemos desenvolver todos os países em filial, ao mesmo tempo, e temos de ponderar as nossas escolhas estratégicas, nesta fase”, afirma Marco, dando ainda o exemplo da Alemanha, onde a marca só vai ser lançada este ano.
Atualmente, a Puressential tem nove filiais, mas está presente em 90 países, incluindo fora da Europa, como é o caso da Índia, da Coreia e da China. Simultaneamente, está a desenvolver novos circuitos de venda como o travel retail e duty free, incluindo ainda o e-commerce.
Retirando França – uma vez que é o país de origem – são Itália e Bélgica aqueles que se revelam “mais fortes”, tendo sido também os primeiros onde os produtos da marca foram lançados, seguindo-se Inglaterra e Suíça.
A comunicação segue a mesma linha em todos os países em que está presente, embora haja mercados em que o nome foi traduzido para facilitar a compreensão, por parte do público, como é o caso da China.
Quanto aos consumidores, são “mais ou menos os mesmos em todos os países da Europa, é uma tendência mundial, que está em perpétua evolução positiva, por volta de 10% por ano”, na qual as pessoas procuram cada vez mais produtos naturais, seja na saúde, seja na alimentação. É um público composto, principalmente, por mulheres, que moram, essencialmente, em grandes cidades, e que estão sensibilizadas para a questão da ecologia.
A Puressentiel posiciona-se ainda como o primeiro laboratório de aromoterapia, a nível europeu, pois, de acordo com Marco Pacchioni, antes da marca, “só existiam óleos essencial unitários, reservados a pessoas que tinham o hábito de utilizá-los… bem ou mal”. Defende, por isso, que a empresa veio democratizar a utilização dos óleos essenciais, criando produtos prontos a utilizar.