A Tabaqueira acelera por um futuro melhor

“Acelerar por um futuro melhor” foi o fio condutor da associação da Tabaqueira ao Grande Prémio de Portugal de MotoGP, que decorreu este fim de semana no Autódromo Internacional. E porquê? Porque a empresa quer caminhar a passos largos para que, em 2025, parte do seu negócio nada tenha a ver com tabaco e nicotina, mas que seja proveniente da indústria farmacêutica.

A estratégia foi apresentação pelo diretor de External Affairs da empresa, Rui Minhós, segundo o qual 2022 é um “ano muito importante”, por um lado, porque passam 95 anos da formação da Tabaqueira, por outro, porque se assinalam 60 anos da fábrica de Albarraque; e, ainda, porque se cumprem 25 anos de privatização e aquisição pela PMI – Philip Morris International.

“Como é que uma empresa quase centenária conseguiu-se transformar-se em termos de inovação e tecnologia” foi o que Rui Minhós procurou mostrar na sua apresentação. Deu conta de que, há 25 anos, a fábrica da Tabaqueira em Portugal exportava 3% da sua produção, tendo no ano passado ultrapassado os 85%, correspondentes a mais de 700 milhões de euros. “Torna o grupo um dos principais exportadores nacionais”, comentou.

Quanto aos objetivos para os quais acelera, 2025 é o horizonte delineado para que parte do negócio da Tabaqueira venha de “um setor completamente novo, que nada tem a ver com tabaco e nicotina, a área farmacêutica”.

Nesse ano, segundo a OMS, continuarão a existir mil milhões de fumadores, ou seja, uma em cada sete pessoas. É neste contexto que a Tabaqueira-PMI tem investido no desenvolvimento de alternativas, visando “entregar algo que as pessoas procuram – a nicotina – de uma forma menos nociva”, na prática com produtos sem combustão.

O diretor de External Affairs deu conta de que o grupo investiu 7,9 mil milhões de euros em desenvolvimento, mas também na alteração de processos produtivos e na substanciação científica, através de contratação de mais de 900 pessoas e na realização de estudos toxicológicos (mais de 140) e de estudos de avaliação clínica (22).

Foram registadas mais de 1300 patentes, a grande maioria relacionadas com métodos de investigação desenvolvidos para substanciar o perfil de toxicidade destes produtos que estão agora em 71 mercados e são usados por cerca de 22 milhões de pessoas.

Mas – sublinhou – o futuro passa para lá do tabaco, tendo a PMI adquirido o ano passado três empresas farmacêuticas: a Vectura, especialista em dispositivos médicos para inalação de medicamentos; a Fertin Pharma, que desenvolve fórmulas orais para administração de medicamentos; e a OtiTopic, focada em medicamentos administrados por via inalatória.

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Terça-feira, 26 Abril 2022 10:26


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