Anna Balêcho dá a sua Impressão Digital a tempo e horas

Pintora nas horas vagas, apaixonada por cinema e fã de campanhas com alma, a Head of Brand & Marketing da ONE encontrou na intersecção entre estratégia e criatividade o seu lugar. Cresceu entre punk rock e pincéis, acredita no poder da simplicidade e defende que as melhores ideias são as que criam ligações verdadeiras.

Anna Balêcho dá a sua Impressão Digital a tempo e horas

Um objeto indispensável

Infelizmente, o telemóvel.

Um livro memorável

Ao longo de quase 40 anos são vários, mas diria que “A Montanha Mágica”, de Thomas Mann.

O filme da minha vida

Depende da fase da vida. “Drácula de Bram Stoker”, do Coppola, marcou-me no final da adolescência; “Mirror”, de Tarkovsky, já na faculdade; volto regularmente à trilogia “O Senhor dos Anéis”; e facilmente me encontram a fazer maratonas por realizador – a última foi Christopher Nolan.

O hobby

Pintar. Um escape criativo – e, em vários momentos da vida, tornou-se quase uma segunda pele.

A série de eleição

Fugindo ao cliché de mais um marketeer a dizer “Mad Men”, talvez diga “Succession”, pela escrita.

Banda sonora da vida

Tive o privilégio de crescer numa subcultura musical – o hardcore e punk rock – que (felizmente) me abriu imensas portas. Posso facilmente passar de Turnstile a Ludovico Einaudi, de Fred Again a tardes com a banda sonora de “Interstellar”, de Hans Zimmer.

Um destino inesquecível

Qualquer sítio onde uma fotografia não faça jus. Açores é um ótimo exemplo.

Onde não voltarei

Provavelmente, demorarei mais tempo a regressar a lugares onde não me consegui ouvir pensar. Mesmo que sejam incrivelmente bonitos – por norma, o caos não me deixa saudades.

A viagem de sonho

Neste momento, estou dividida entre o Japão e a Islândia.

O recanto em Lisboa

Não é Lisboa, mas a Ericeira! Gosto tanto que me mudei definitivamente.

Tornei-me marketeer porque

Percebi que podia juntar dois lados que pareciam opostos: o pensamento criativo e a estratégia.

Uma boa campanha de marketing é

Aquela que é simples de entender, mas impossível de esquecer. Que parte de um insight verdadeiro e constrói uma ligação emocional. A Apple, por exemplo, quando lançou o iPod – “1.000 músicas no bolso”, em vez de gigabytes (termo que ninguém dominava). A NOS tem agora uma campanha muito inteligente, que mostra como se pode comunicar benefícios de forma emocional. Essa é, para mim, a definição de relevância.

Se não fosse marketeer, seria

Fotógrafa. Ou pintora. Provavelmente ambas.

Marca com que gostaria de trabalhar

Uma marca onde pudesse construir do zero, ou repensar tudo de raiz. Um projeto meu provavelmente, uma editora independente, uma galeria?

O rosto ideal para uma campanha da ONE

Alguém que represente autenticidade e individualidade. Mais do que celebridade, alguém com magnetismo — que fale para várias gerações e não tenha medo de ser quem é.

Uma marca de sempre

Apple.

Uma figura inspiradora

Várias, por vários motivos, mas se tiver de escolher só uma, não há como não ser a inteligência e superação da minha mãe.

Relógio ou pulseira

Relógio – atualmente, muito convertida às métricas de desporto dos smartwatches (mas sempre com notificações desativadas).

Sexta-feira, 17 Outubro 2025 13:31


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