A Independence nasceu a pensar em 2022. Quem o diz é Manuela Allo, a Head of Strategy da agência de estrategas nascida na era pós-Covid-19, e, como tal, “totalmente orientada para o novo mundo que agora se está a criar”, ajudando as marcas a lidarem com a incerteza e a nova realidade que se está a impor.
E é precisamente a estratégia – “a base daquilo que é uma boa ação de comunicação” – que a responsável considera que “a pressa dos dias, a saturação de trabalho e os timings acabaram por fazer com que se perdesse”. “A pandemia acabou por, de certa forma, obrigar a repensar”, afirma. O objetivo em 2022 é, pois, trazer a estratégia de marca novamente para o centro da discussão, apurar a solidez e relevância, ajudar a direcionar as marcas, as narrativas e a criatividade, “com compromisso, rigor, análise, dados e tudo aquilo que uma boa estratégia precisa”.
“Na Independence, não partimos de falsas assunções, não usamos um modelo único de atuação, vamos a fundo, investigamos profundamente o que se passa e mapeamos os sinais que apontam para o futuro, e é com essa matéria-prima que desenhamos as melhores estratégias”, adianta.
“Sabemos que hoje, curiosamente, é pouco comum encontrar pesquisadores dentro das agências criativas (até mesmo os estrategas costumam ser lobos solitários), mas para que não reine apenas a intuição, o nosso departamento de Pesquisa é indispensável e uma das nossas grandes mais-valias e fatores de diferenciação. Olhamos para cada desafio com foco no problema, o real problema, que muitas vezes só é descoberto em pesquisa (e tão frequentemente nem corresponde ao problema que a marca acreditava que tinha)”, nota. É também por isso que aponta a colaboração como a grande filosofia de trabalho da agência, trazendo para os projetos profissionais com backgrounds e perspetivas diversas.
Para cada cliente, é montada uma equipa específica, escolhendo “os profissionais mais capacitados”. “Não acreditamos em equipas genéricas, vivemos realidades demasiado complexas para o “one size fits all” e por isso defendemos a especialidade dos profissionais que trabalham connosco, a multiplicidade de visões e de disciplinas”, esclarece. “E como acreditamos que o presente é dinâmico e a mudança é a nova constante, a nossa colaboração não se encerra nas entregas dos projetos, estamos sempre a acompanhar os clientes, atuando como parceiros estratégicos”.
O Head of Digital da Independence, Fábio Barros, acredita que 2022 vai continuar a ser marcado por incertezas, e a resiliência será a palavra de ordem. “Vamos continuar a ver o mundo a polarizar-se económica e socialmente e as marcas terão de aprender a navegar nesta realidade cada vez mais complexa, sem perder a sua essência e a saberem posicionar-se nas temáticas que afetam o seu negócio e essência”, observa, sustentando que “não há mais espaço para o silêncio, os consumidores exigem uma posição e ação por parte das empresas, devendo estas estar mais preparadas do que nunca para dialogar constantemente com as pessoas e a sociedade”.
“Começamos o ano com projetos de pesquisa e estratégia que vão declinar em criatividade com clientes comprometidos em compreender profundamente os seus públicos e assim identificarmos novas oportunidades para conquistarem novos consumidores ou melhorarem os seus serviços”, explica Fábio Barros, comentando que “nada há mais entusiasmante” do que a agência ter a decorrer projetos tão distintos, até metodologicamente, que vão de pesquisas qualitativas a etnografia ou coolhunting, derivando em estratégias de marca.
Objetivo, revela, é também alargar as discussões e estudos internos e partilhar cada vez mais conhecimento com o mercado. “Através da Independence Insights, partilhamos quinzenalmente com os nossos leitores algumas discussões sobre temas socialmente relevantes e no nosso site e LinkedIn disponibilizamos reports abertos que consolidam a inteligência e conhecimento da Independence com o nosso próprio mercado”.
Para 2022, provocar é a palavra de ordem. “Queremos ser a agência em que os clientes procuram quando querem ser provocados, quando sentem que o “one size fits all” já não lhes chega”, assegura Manuela Allo. “Que nos procurem quando buscam novos insights, quando se sentem preparados para questionar os seus próprios entendimentos sobre os problemas de comunicação e os seus públicos. Estamos aqui exatamente para cumprir esse papel de gerar novos insights, de explorar novos caminhos, de os desafiarmos”.
A longo prazo, é ambição da agência “dar o devido protagonismo” à pesquisa em publicidade e à estratégia para o nosso mercado. “É pelo seu impacto real na qualidade final dos trabalhos que nos propomos a levantar esta bandeira. Pretendemos ainda conseguir formar e ajudar a desenvolver novos profissionais, da pesquisa ao planeamento estratégico, para que consigam ter um lugar para desenvolverem com grande compromisso as suas competências nestas disciplinas”, adianta.