O contexto de confinamento trouxe a oportunidade de criar novos formatos, que incluem uma radionovela e uma “forte envolvência comunitária”, em que todos são convidados a intervir na criação e na performance artística.
A programação tem como tema a liberdade na criação, procurando refletir sobre as fronteiras da arte. A edição presta homenagem ao poeta vilacondense Armando Ramalho (1959-2017) com textos de vários poetas e artistas, na fanzine “Sentença”, e com a publicação, nas plataformas digitais do evento, de vídeos performativos.
Esta sexta decorre uma conferência online sobre Arte e Comunidade, que irá reunir três representantes de projetos artísticos comunitários: “Um Porto para o Mundo”, MEXE Encontro Internacional de Arte e Comunidade e Fértil – Associação Cultural.
Pelas ruas, palco habitual do espetáculo, e de forma a assinalar esta edição em formato adaptado, será instalada uma escultura do “Boneco do Judas”, em cinco locais da cidade. A organização cria ainda o “Kit Judas Família”, convidando as famílias a criar flores-catavento e a colocá-las na varanda, partilhando através de fotografias e vídeos nas plataformas digitais, nas semanas que antecedem o espetáculo, que acontece a 3 de abril, véspera da Páscoa.
Nesse dia, será apresentada uma recriação de uma radionovela, uma das grandes novidades desta edição, que irá envolver coletividades do concelho de Vila do Conde, atores e músicos, numa narrativa teatral sonora, em tom de sátira humorística, característica da Queima do Judas de Vila do Conde. À meia-noite, será emitida a Queima e Leitura do Testemunho de Judas, nas mesmas plataformas digitais.