Para o presidente da Ivity Brand Corp., os títulos portugueses têm
sabido adaptar-se à Internet, e depois de uma primeira fase de “mera
adaptação de conteúdos” já existem diversas opções personalizadas que
permitem aos leitores uma “forma de relação com a informação diferente,
mais próxima do formato do jornal e livro”, nomeadamente por via de
dispositivos com o iPad, da Apple.
Com efeito, segundo dados a que a agência Lusa teve acesso, o mês de
Janeiro foi um dos que registou mais visitas de sempre desde que as
audiências de Internet em Portugal passaram a ser auditadas pela
Marktest, em Janeiro de 2007.
Por exemplo, em Janeiro deste ano a ‘homepage’ do Sapo, a página que
lidera o ‘ranking’ Netscope, registou o terceiro mês com mais visitas de
sempre desde que há audiências.
O começo do ano registou uma subida generalizada nas audiências Internet
de diversos órgãos, com a página do jornal Sol a subir 104 por cento e a
do Diário Económico 94 por cento relativamente ao mês homólogo, a jeito
de exemplo. A Netscope, que controla as visualizações de páginas
Internet, revela na quarta-feira a globalidade das páginas mais
visitadas em Janeiro.
“Uma marca não é um ser abstracto”, realça Carlos Coelho, pelo que a
escolha dos internautas por determinado órgão prende-se acima de tudo
com dois elementos: o conhecimento interiorizado da marca e questões
técnicas como a “capacidade de síntese” na informação e as facilidades
de “adaptação ao meio”, entender que “uma página de jornal não é o mesmo
que um ecrã de computador”.
O investimento publicitário terá em 2011 valores em linha com 2010, com a
imprensa e o cinema a perderem quota, mas a televisão paga e a Internet
a crescer, de acordo com as agências de meios Carat e Initiative.
Fonte: Lusa