Reforçar o posicionamento e ganhar mais notoriedade é o objetivo, tal como referem os fundadores Hugo Pinto e Diogo Pinheiro.
Briefing | A Legendary nasce em 2013, mas só dois anos depois decide apresentar-se ao mercado. O que explica esta estratégia?
Hugo Pinto/Diogo Pinheiro | A Legendary começou como uma agência digital, com base no know-how que já tínhamos de anteriores experiências no mercado. Decidimos começar a agência no Porto, fora do grande círculo de agências que existe em Lisboa porque inicialmente queríamos ser uma alternativa do mercado a norte e isso só seria possível enquanto agência full-service. Durante os primeiros dois anos fomos estruturando a nossa equipa e conquistando novos clientes, pelo que só fez sentido apresentarmo-nos ao mercado quando já apresentávamos alguma relevância. Tínhamos como objetivo ser a agência de referência no Porto e acreditamos que o alcançámos.
Briefing | A agência surge numa altura em que o investimento em Portugal, em particular no mercado publicitário, estava um pouco estagnado. O que motivou esta aposta?
HP/DP | O investimento no mercado publicitário estava estagnado mas com tendência para subir, o que nos fez sentir que estávamos no início da mudança. Logo aí acreditámos que existia um espaço no mercado, até porque no Porto a presença de grandes agências ‘new age’ é nula. Sabíamos que podíamos oferecer o que as empresas estavam à procura no digital e, a partir daí, evoluímos para as restantes áreas.
Briefing | Foi um risco? Como foi a reação do mercado?
HP/DP | Começar um negócio é sempre um risco, no entanto, a reação foi boa e deu-nos o alento necessário para continuar. O curioso é que, apesar de nos termos estabelecido a norte, a maior parte dos nossos clientes estão em Lisboa. O mercado reagiu bem e a verdade é que rapidamente surgiram novos projetos devido ao nosso método de trabalho e à forma como damos resposta aos problemas dos clientes, apresentando soluções assertivas. Muitas agências menosprezam o poder de ouvir verdadeiramente o que o cliente diz e a diferença que isso faz num projeto. É essa capacidade, aliada à nossa maneira diferente de ver os problemas, que diferencia as soluções que apresentamos.
Briefing | E agora, o que mudou?
HP/DP | Inicialmente era muito complicado marcar reuniões sem portfólio, o que já não acontece pelas marcas e trabalhos que temos atualmente neste. Também já somos convidados para vários concursos, coisa que no início não acontecia. Fomos crescendo e com o ‘passa a palavra’ cada vez mais somos contactados diretamente.
Briefing | A Legendary diz querer aliar a tecnologia, a comunicação e a criatividade com serviços de ativação digital para colmatar as necessidades dos clientes. Que necessidades são essas?
HP/DP | Costumamos dizer que somos o contrário das restantes agências: a maior parte pensa primeiro no offline e o digital quase como um mero complemento. Nós não fazemos isso. Pensamos primeiro na estratégia e conceitos para desenvolver online e depois partimos para o offline. Hoje em dia temos que comunicar todos os dias, seja nas redes sociais, no site, internamente ou mesmo offline. Nós queremos ser a agência capaz de ajudar os nossos clientes nesse sentido, não precisando de ter vários interlocutores para cada canal a complicar todo o processo. Com um único interlocutor conseguimos garantir a uniformização e integração de canais. Dominamos a comunicação e o digital, o que torna tudo mais fácil.
Briefing | Como o fazem?
HP/DP | Com uma irreverência e desformatação muito grandes. Somos do norte isso reflete-se na nossa garra! Somos aquela agência nova, dinâmica e de pessoas jovens cheias de talento. A nossa equipa e energia são, sem dúvida, o fator de diferenciação. Trabalhamos numa área em que as pessoas fazem a diferença e é exatamente esse fator humano que nos diferencia e destaca.
Briefing | Mas como a Legendary se distingue das demais agências a operar no mercado português?
HP/DP | Sem dúvida que a nossa visão face à comunicação origina sempre trabalhos e soluções fora do comum. Não existem muitas agências capazes de juntar o digital e a comunicação como fazemos. Conseguimos adaptar o meio para se tornar na mensagem.
Briefing | Que marcas já testaram a Legendary? Quais os últimos trabalhos?
HP/DP | Felizmente tivemos a oportunidade de trabalhar com algumas das maiores marcas nacionais como a Worten, KIA Portugal, Parfois, Porto Editora, entre outras, que por questões de confidencialidade, não podemos revelar. Recentemente trabalhamos com a Teka e com três centros comerciais (Alma Shopping, Nosso Shopping e Alameda Shop & Spot) e também desenvolvemos um projeto com o Turismo do Porto que, como se sabe, está em alta neste momento.
Briefing | Em 2015, a agência contava apresentar um crescimento de 30 a 40% com um volume de negócios na ordem dos 500 mil euros. Objetivo alcançado?
HP/DP | Penso que o que a Legendary fez nos últimos três anos é algo raro a partir do Porto. Passamos de uma agência de 2 pessoas para 20 pessoas este ano e crescer a este ritmo foi muito importante para nós. Relativamente à faturação é algo que, neste momento, não podemos falar. Estamos num processo junto de um grupo de agências nacionais e brevemente teremos novidades!
Briefing | Que metas para 2017?
HP/DP | Queremos, sem dúvida, reforçar o nosso posicionamento e ganhar mais notoriedade no mercado. Vamos mudar de instalações, estamos a contratar e a criar equipas para aumentar o nosso poder de resposta. Queremos continuar este crescimento com novos clientes e prémios e esperamos que o próximo ano seja sempre o melhor como tem acontecidos nos outros.