Trata-se de uma edição especial de livros onde nomes icónicos da literatura surgem irreconhecíveis nas capas com o apelido materno.
A iniciativa é, assim, uma mudança de nome pensada para “mudar mentalidades” porque nunca ninguém ouviu falar de William Arden, Jane Leigh ou Fernando Nogueira, mas “estes são alguns dos autores mais famosos do mundo”.
Estes e outros nomes integram a edição especial “Em Nome da Mulher” lançada pela editora que junta, não só clássicos intemporais, como autores portugueses contemporâneos.
Neste sentido, os nomes surgem na capa com o apelido materno, tudo porque o último nome, aquele pelo qual geralmente as pessoas são conhecidas, é, na grande maioria das vezes, herdado do pai.
Além desta edição especial, o intuito é desafiar os portugueses a alterarem o seu nome nas redes sociais para o apelido materno e a entrarem na conversa usando a hashtag #EmNomeDaMulher.
“O que se pretende com esta campanha é reavivar o debate, é pôr em causa esta convenção e simultaneamente celebrar o papel das mulheres. Dar visibilidade à mulher, tirá-la da sombra, enaltecer o seu papel na sociedade. Um primeiro e simbólico passo, para que se discutam as convenções que ainda discriminam silenciosamente as mulheres”, salienta a diretora de Comunicação da Penguin Random House, Marta Heitor.
“Para acompanhar o lançamento da campanha, a agência decidiu adotar o apelido da mãe de David Ogilvy durante a semana do Dia Internacional da Mulher. Os colaboradores vão também passar a usar os seus apelidos maternos nas assinaturas de e-mail”, conta o CEO da Bar Fairfield, Miguel Ralha Lopes.