Meios preocupados com mais 6 minutos de publicidade

Meios preocupados com mais 6 minutos de publicidade
A escassos meses da apresentação do plano de alienação de um canal da RTP, são vários os meios que começam a fazer contas à vinda, deixando a indústria televisiva de estar sozinha com esta preocupação. Também a imprensa, rádios, empresas de outdoor e cinemas temem agora com os mais seis minutos de publicidade no mercado atual.

Os meios supra esperam por um caderno de encargos que confirme o anúncio do ministro dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas, sobre mais tempo de publicidade no mercado. Ao Diário Económico, Luis Cabral, administrador da Media Capital Rádios, revelou: “Uma oferta de mais 20 por cento no espaço publicitário em televisão dificulta a atividade. Não só o dinheiro que é investido na televisão terá de ser repartido por mais um canal como duplica o tempo. E isso, claro, vai ter repercussões gravíssimas nos meios”.

Ao mesmo diário, o administrador do grupo r/com, José Luis Ramos Pinheiro, adiantou que privatizar “canais de televisão ou de rádio no atual contexto é uma decisão de alto risco para a estabilidade dos media”.

Ainda que tenha caído, entre 2007 e 2010, cerca de 130 milhões de euros, o mercado publicitário português encontra-se, atualmente, avaliado em 300 milhões de euros. 50 por cento deste valor pertence ao meio televisivo.

“Mais espaço televisivo para colocar publicidade, através de um player no mercado, significa pressão acrescida para reduzir preço, num mercado de rentabilidade difícil e em queda há vários anos”, explicou Ramos Pinheiro.

Também no segmento do outdoor se teme com esta alienação e do aumento de mais seis minutos de publicidade no mercado. Anita Martins, diretora geral da JCDecaux, frisou: “Já existem suportes publicitários a mais em relação ao valor de mercado”. Contudo, a responsável pela rede adiantou ao Diário Económico que, como em todas as crises, há oportunidades: “O outdoor poderá ser o meio que mais rapidamente proporcionará cobertura e impacto imediato às campanhas dos anunciantes”.

Fonte: Diário Económico

Quinta-feira, 05 Janeiro 2012 12:21


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