Mobilidade e cultura: Quando a cidade se transforma em palco

Mais do que uma questão de transporte, a mobilidade é o que liga as pessoas à cultura, ao lazer e à vida urbana. O diretor comercial de Off-Street Ibéria da Telpark, João Almeida, reflete, na 1.ª Pessoa, sobre como a mobilidade pode – e deve – ser parte integrante da experiência cultural, tornando as cidades mais acessíveis, humanas e conectadas.

Mobilidade e cultura: Quando a cidade se transforma em palco

A mobilidade é muito mais do que deslocar-nos de um ponto a outro. É a forma como nos relacionamos com a cidade, ao que mais gostamos e às pessoas que nos rodeiam. Muitas vezes, a verdadeira barreira para desfrutar de um concerto, de uma feira do livro ou de uma exposição não está no preço do bilhete nem na distância, mas sim na dificuldade de chegar a tempo e em boas condições.

A mobilidade é a ponte que liga as pessoas à cultura, ao lazer e à vida urbana.  Um festival só cumpre o seu propósito quando o público consegue estar presente. Um teatro enche-se de vida quando a plateia chega sem stress nem atrasos. Sem mobilidade acessível, muitos destes momentos tornam-se experiências exclusivas, quando deviam estar ao alcance de todos.

Com o passar dos anos, esta relação entre mobilidade e cidade tem vindo a transformar-se. O tempo de chegada de um transporte público já não é uma incógnita, mas sim um serviço que mostra em tempo real todo o percurso. O telemóvel tornou-se um companheiro indispensável que nos ajuda a planear trajetos. Ou seja, a tecnologia passou a ser uma aliada para encurtar distâncias. Mas a mobilidade não se resume à digitalização. Está também na forma como as cidades se organizam, como recebem visitantes e como simplificam a vida quotidiana de quem nelas habita. No fundo, trata-se de criar possibilidades de forma simples e intuitiva, para que a experiência de viver a cidade seja acessível a todos.

Na Península Ibérica, encontramos inúmeros exemplos disto: Lisboa investiu em ciclovias e em zonas de emissões reduzidas; Barcelona apostou em “superquarteirões” que devolvem espaço às pessoas; e Madrid integrou transportes públicos e privados numa aplicação multimodal. Todas estas iniciativas são pequenas vitórias que tornam as cidades mais próximas, humanas e inclusivas.

O setor privado também tem um papel relevante neste caminho. Um bom exemplo é a integração de bilhetes para concertos e espetáculos na reserva de estacionamento, como é o caso da parceria entre a Telpark e a Ticketline, que já permite garantir um lugar para estacionar e assim chegar sem pressas. Outro exemplo é a colaboração com operadores de mobilidade partilhada, como acontece entre a Telpark e a Europcar, e que permite a turistas e profissionais aceder de forma simples e intuitiva a uma rede de estacionamento. Estas iniciativas mostram como é possível tornar a cultura e o entretenimento livres de barreiras.

Para mim, a mobilidade deve ser parte integrante da experiência cultural. Entrar num museu sem a preocupação de procurar estacionamento, chegar a horas a um concerto ou visitar uma feira com transportes bem conectados é tão importante como o espetáculo em si.

Estou convicto de que as soluções de mobilidade, sejam estacionamentos inteligentes, sistemas partilhados ou transportes mais sustentáveis, devem integrar-se na vida das pessoas não como um simples detalhe logístico, mas como parceiros que permitem que as coisas aconteçam. A mobilidade é, em última análise, parte daquilo que nos permite viver, desfrutar e partilhar a cidade. E, enquanto empresa que aposta na mobilidade urbana sustentável, o nosso objetivo é precisamente acompanhar as pessoas e as cidades neste caminho.

João Almeida, diretor comercial de Off-Street Ibéria da Telpark

Quarta-feira, 22 Outubro 2025 12:56


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