A preocupação foi manifestada hoje, num encontro com jornalistas, pelo presidente da associação, António Casanova. Recorde-se que a APAN requereu em agosto último uma investigação da Concorrência ao que considera ser um “concurso pouco avisado”.
A secretária-geral da associação, Manuela Botelho, adiantou que não se tratará de uma dificuldade na análise dos dados uma vez que a AdC não solicitou mais informação.
O “grande problema de raiz” – sublinhou António Casanova – é o facto de o concurso, tal como foi lançado, tender à criação de um monopólio na publicidade exterior: “Quem ganhar Lisboa tem o monopólio natural do País, pois Lisboa representa 60% do mercado”, afirmou.
A APAN preconiza um concurso que previsse a adjudicação de dois lotes, o que faria com que houvesse dois operadores a explorar o outdoor na cidade, sem fazer perigar as receitas da câmara. Câmara que – enfatizou – está a perder “muito dinheiro”.
Além disso, “sem saber qual o vencedor, não há investimento no parque de outdoor, que não acompanha o estado da arte em termos de inovação, como se pretenderia para uma cidade como Lisboa”.