No outdoor em Lisboa, APAN estranha atraso da Concorrência

A APAN – Associação Portuguesa de Anunciantes estranha o atraso da Autoridade da Concorrência (AdC) na decisão sobre o concurso para a exploração de publicidade no mobiliário urbano de Lisboa. E recorda que está em causa um contrato que renderá 40 milhões de euros à autarquia.

A preocupação foi manifestada hoje, num encontro com jornalistas, pelo presidente da associação, António Casanova. Recorde-se que a APAN requereu em agosto último uma investigação da Concorrência ao que considera ser um “concurso pouco avisado”.

A secretária-geral da associação, Manuela Botelho, adiantou que não se tratará de uma dificuldade na análise dos dados uma vez que a AdC não solicitou mais informação.
O “grande problema de raiz” – sublinhou António Casanova – é o facto de o concurso, tal como foi lançado, tender à criação de um monopólio na publicidade exterior: “Quem ganhar Lisboa tem o monopólio natural do País, pois Lisboa representa 60% do mercado”, afirmou.

A APAN preconiza um concurso que previsse a adjudicação de dois lotes, o que faria com que houvesse dois operadores a explorar o outdoor na cidade, sem fazer perigar as receitas da câmara. Câmara que – enfatizou – está a perder “muito dinheiro”.

Além disso, “sem saber qual o vencedor, não há investimento no parque de outdoor, que não acompanha o estado da arte em termos de inovação, como se pretenderia para uma cidade como Lisboa”.

fs@briefing.pt

 

Quarta-feira, 30 Janeiro 2019 11:55


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