A que se deveu o rebranding da Blip ao fim de 11 anos no mercado?
Ângelo Valente | A Blip cresceu, aproveitou a experiência de mais de dez anos no mercado e está agora preparada para fazer face a novos desafios. Para isto, pretendemos que cada vez mais pessoas se juntem a nós, motivadas e alinhadas com o nosso propósito de tornar o mundo do entretenimento num lugar seguro e divertido, tendo como ponto de partida a melhor base tecnológica. O rebranding tem o racional estratégico de aumentar a nossa notoriedade e reputação a nível nacional, para – através de uma nova imagem e posicionamento – continuarmos a atrair o talento certo e a aumentar ainda mais os nossos índices de retenção, que estão em 11%. O facto de pertencermos a um grupo global e o crescente desafio tecnológico foram igualmente duas das variáveis que contribuíram para a decisão. Sentimos que estava na hora de elevar o nosso ‘jogo’.
Quais foram as principais alterações na imagem da Blip?
A Blip tem elementos de ‘brand equity’ que se destacam, como o azul e o pixel, e foi daí que partimos. No fundo, procurámos melhorar o que já estava bem feito, ao manter a identidade jovem e atual da marca, mas com um pouco mais de maturidade. Crescemos, sem nunca nos esquecermos das nossas origens. Pretendemos agora explorar o lado relacional da marca, para fazer um fit consciente e inconsciente com o nosso público-alvo.
O rebranding traduz exatamente essa evolução, ao lembrar o passado, mas com um posicionamento de marca atual e atento ao futuro. Portanto, temos agora um pixel mais dinâmico, com o azul de sempre, que representa a velocidade e agilidade desta área de negócio, e o ‘B’, de Blip, redesenhado com traços muito estilo 8 bits fazendo o paralelismo com as origens do gaming.
Quais os ganhos que a marca espera obter com ao rebranding?
O rebranding acompanha um momento de afirmação da Blip enquanto referência na área das tecnologias de informação em Portugal. Mesmo que ainda não estejamos a desenvolver software para o mercado português, temos um fluxo de trabalho exigente, que encaramos com um grande sentido de responsabilidade. No entanto, estamos conscientes de que só é possível alcançar os melhores resultados com as melhores pessoas: pretendemos encontrar a nossa missing piece, a peça que nos falta, o colaborador que nos fará ser uma empresa melhor. E em sentido inverso ou complementar, pretendemos ser a missing piece que possa estar a faltar ao futuro colaborador em termos de work-life blend, flexibilidade e desafio tecnológico. É bidirecional.
O posicionamento da Blip é “Employer of Choice”. O que significa e de que forma é que o rebranding acompanha essa posição no mercado?
A luta pelo talento de IT está ao rubro e acreditamos que faz sentido reforçar o posicionamento da marca Blip como Employer of Choice. É neste sentido que nos assumimos como uma Employer Brand com foco exclusivo na atração e retenção de talento para o mercado nacional. Adaptamo-nos às necessidades e motivações dos nossos colaboradores, que devem – acima de tudo – integrar a nossa cultura e adicionar valor ao negócio. Não entendemos este nosso posicionamento como trabalho, mas como forma de ser e estar.
Mais do que uma empresa fun, somos um hub tecnológico, com desafios e objetivos tremendos em mãos no qual o espírito de colaboração e complementaridade estarão sempre na nossa base. Por isso costumo dizer que nos consideramos uma big company with a start-up soul. Mas nunca estaremos completos.
As marcas devem evoluir a par dos mercados nos quais estão presentes e o mercado de recrutamento atual respira propósito, dinamismo, transparência, diversidade, inclusão e responsabilidade social. E a Blip procurará não abdicar destes pontos. E como? Mantendo o foco nas pessoas, nos resultados e dando largas à curiosidade que nos define.
Como se inscreve o rebranding na estratégia de marketing da Blip?
A Blip é responsável pela gestão e desenvolvimento tecnológico de plataformas de jogo online e retalho presentes em cerca de 120 países e utilizadas por mais de seis milhões de clientes das várias marcas da multinacional Paddy Power Betfair (PPB). Mas tem o objetivo de trabalhar para mais marcas no Grupo e ter cada vez mais desafios no mercado tecnológico. Acreditamos que este novo desenvolvimento da marca vai fazer com que nos destaquemos ainda mais no setor das IT. Sentimos igualmente a responsabilidade de que com maior notoriedade possamos dar o nosso contributo e influenciar positivamente o mercado de trabalho português para que outras empresas possam adotar algumas das nossas estratégias pioneiras de employer branding para melhorarem os seus índices de atração e retenção de talento.
São uma empresa focada 100 % na exportação. Em 2020, pretendem investir no mercado nacional? E de que forma? (ou porque não?)
2020 será simultaneamente um ano de consolidação e de crescimento. Consolidação enquanto marca nacional que está um passo à frente no desafio tecnológico, na estratégia de Employer Branding e nas políticas de diversidade, inclusão e responsabilidade social corporativa. E, por outro lado, um ano de crescimento porque pretendemos trabalhar cada vez mais para o Grupo do qual fazemos parte. A cereja no topo do bolo seria a regulamentação, em Portugal, das apostas cruzadas (Exchange), o que poderia permitir a entrada no mercado nacional da PPB. Se este passo for dado, a Blip alcançará um marco histórico: desenvolver soluções tecnológicas para o mercado português, criando mais postos de trabalho e aportando maior valor à economia nacional.