“Proporcionamos um valor tangível e imediato às empresas”

Em três anos, o Iscte Executive Education passou de estar em zero rankings para integrar o top 50 mundial. Um caminho que o presidente do Iscte Executive Education, José Crespo de Carvalho, atribui à internacionalização, à abertura de catálogo e a programas coconstruídos com empresas. São precisamente as parcerias com as marcas que, entende, fortalecem a relevância dos programas e lhes asseguram um valor tangível e imediato.

"Proporcionamos um valor tangível e imediato às empresas"

Briefing | O Iscte Executive Education foi a escola de formação de executivos com a maior subida em Portugal no ranking do Financial Times 2024. A que atribui este crescimento?

José Crespo de Carvalho | Este crescimento deve-se à nossa dedicação incansável em três pilares estratégicos: internacionalização, abertura de catálogo e programas coconstruídos com os nossos clientes corporativos.

A nossa abordagem humanista e centrada no desenvolvimento das capacidades de decisão, resolução de problemas, autonomia e, refiro-o muitas vezes, uma procura por colocar o “coração dos participantes no lado certo”, são fatores determinantes para todos. 

Se, em paralelo, se souber que somos muito hands-on, isto é, o nosso motto é real life learning, então teremos o cenário mais ou menos completo em poucas pinceladas. 

A excelência do nosso corpo docente e a nossa capacidade de adaptar os programas às necessidades específicas dos nossos clientes e participantes foram fundamentais para várias conquistas. Onde a pessoa, o ser humano, é o centro de todo o processo. Trazendo as suas vulnerabilidades para que também essas possam ser trabalhadas. Porque a pessoa tem de ser cada vez mais o centro, o que torna a formação de executivos muito human-centered. E se trouxermos o coração dos participantes para a equação chegaremos longe, muitíssimo longe.

Alcança também o primeiro lugar em Portugal na categoria de “programas internacionais” e o segundo em “maior fidelização de clientes corporate”, conquistando o 33.º lugar no ranking a nível europeu e o 45.º a nível mundial. O que representam estas distinções para o Iscte Executive Education?

Estas distinções são um reconhecimento do nosso compromisso com a excelência e a inovação. Representam o sucesso da nossa estratégia de internacionalização e a eficácia dos nossos programas customizados para empresas. Além disso, sublinham a nossa capacidade de estabelecer relações duradouras com os clientes, proporcionando-lhes formação de alta qualidade que responde às suas necessidades específicas e contribui para o seu crescimento sustentável. Não foi um caminho fácil, mas em termos de formação de executivos passar da ausência de rankings para, em três anos, o Top 50 mundial tem muito que se lhe diga. E posso acrescentar quase só isto: trabalho. Muitíssimo trabalho. Mas quando se faz por gosto, pode-se dizer que “o prazer no trabalho aperfeiçoa a obra”, querendo ser aqui um bocadinho aristotélico.

Qual a importância deste tipo de rankings para atrair alunos, nomeadamente estrangeiros?

Os rankings são uma ferramenta essencial para atrair alunos, especialmente os internacionais, pois funcionam como um selo de qualidade e credibilidade. Eles ajudam a diferenciar-nos num mercado global altamente competitivo, mostrando que o Iscte Executive Education está entre as melhores instituições do mundo (Top 50 mundial). Isso não só aumenta a nossa visibilidade, mas reforça, também, a confiança dos potenciais participantes na qualidade e relevância dos nossos programas.

Entende que os gestores nacionais estão sensibilizados para a necessidade de formação adequada?

Sim, os gestores nacionais estão cada vez mais conscientes da importância da formação contínua. A rápida evolução tecnológica e as mudanças constantes no mercado exigem que os líderes empresariais estejam sempre atualizados. O Iscte Executive Education tem desempenhado um papel crucial ao proporcionar programas que não só abordam as competências técnicas, mas, também, desenvolvem habilidades críticas para a liderança eficaz e o pensamento estratégico.

Que competências são mais procuradas pelos gestores e CEO de marcas?

Atualmente, as competências mais procuradas incluem a capacidade de liderança, pensamento estratégico, gestão da mudança e inovação, resolução de problemas, bem como uma forte compreensão da transformação digital e das novas tecnologias – inteligência artificial e ciência de dados no centro. Além disso, habilidades de comunicação eficaz e inteligência emocional são cada vez mais valorizadas, pois permitem aos líderes gerir equipas diversificadas e enfrentar desafios complexos com maior eficácia.

Essas competências diferem muito entre líderes portugueses e estrangeiros?

Embora as competências essenciais sejam geralmente semelhantes, a abordagem e o contexto de origem diferem muito para o que contribui, obviamente, a cultura de cada país que é substancialmente diferente. Líderes externos podem ter uma maior exposição a práticas globais e diferentes culturas de negócios, e sobretudo a empresas de muito maiores dimensões, enquanto líderes portugueses podem ter um conhecimento mais profundo do mercado local e suas especificidades. No entanto, a globalização tem levado a uma convergência de práticas de gestão e o Iscte Executive Education adapta os seus programas para abordar tanto as necessidades locais quanto internacionais.

Sofia Dutra

*Leia a entrevista íntegra na edição impressa de julho

Segunda-feira, 29 Julho 2024 11:23


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