Briefing | O que levou a entrada do ZAP Viva em Portugal?
Catarina Tavira | Quando a marca ZAP Viva foi criada, em dezembro de 2012, foi desde logo pensada para voar além-fronteiras.
A estratégia de expansão do canal iniciou-se em território moçambicano. Foi com naturalidade que demos o passo de emitirmos em Portugal pelo crescente investimento que tem sido feito na qualidade dos conteúdos e o reconhecimento desse trabalho por famílias angolanas que nos pedem para acompanhar os seus programas favoritos, sejam elas residentes em Portugal ou estejam apenas de visita.
A entrada do canal ZAP Viva neste mercado muito nos orgulha, não só por contribuir para tornar Angola mais visível aos olhos do mundo, como cumpre o objetivo de reforçar a proximidade com a comunidade angolana residente em Portugal, que privilegia o acesso a informação e programas do país das suas raízes, como a todos os portugueses que se interessam por Angola e pela sua cultura, música e desporto.
Qual a estratégia para o mercado português?
Pretendemos trazer conteúdos com ADN de Angola, mas com uma forte influência das várias comunidades ligadas ao país, sendo a comunidade portuguesa claramente relevante para nós.
Atualmente, produzimos dez horas diárias de programas em direto com temas e conteúdos que não se circunscrevem apenas a Angola, mas também são do interesse dos portugueses. Cada programa tem o seu posicionamento e target, abordando diversos temas ao nível da gastronomia, música, desporto, humor, moda, celebridades, história e factos sociais.
Outra vertente importante da nossa estratégia é a emissão de novelas mundialmente conhecidas, inclusivamente difundidas em plataformas como a Netflix, mas que apenas no canal ZAP Viva são disponibilizadas em português. Hoje, dia 17 de junho, às 20:00, vamos estrear a novela “A Escrava Branca” e amanhã, dia 18, às 21:00, a novela “Cesur”, duas grandes produções internacionais a não perder.
Do ponto de vista do marketing e da comunicação, qual a abordagem?
A abordagem foi definida tendo em conta a difícil situação económica de Angola, nomeadamente a dificuldade de se efetuar transferências para o exterior. Se em Angola foi feita uma comunicação massiva, tanto nas rádios, imprensa, como em meios digitais, em Portugal o apoio do nosso parceiro NOS na divulgação do canal nos seus meios foi essencial para a massificação da mensagem. O arranque da emissão ZAP Viva no mercado português, a 11 de maio, foi marcado pela transmissão em direto do espetáculo Team de Sonho III, que reuniu no Campo Pequeno alguns dos mais mediáticos artistas da música angolana. Esta foi a forma especial de dizermos “Olá Portugal, chegámos!”.
Quais os objetivos em termos de audiência?
A nossa expectativa é ser um canal que se posicione como líder para o target a quem nos dirigimos. Estamos a falar de uma audiência com interesse em ver e conhecer uma Angola num formato descomprometido, isto é, uma Angola rica na sua cultura, na sua vivacidade, na sua expressão musical e nos temas da sua atualidade, na perspetiva das várias comunidades residentes no país.
A programação é a mesma que passa em Angola ou há ajustes ao mercado?
A grelha é exatamente a mesma, sofrendo apenas alguns ajustes pela inevitável diferença de fuso horário que ocorre quando em Portugal passamos para o horário de inverno, assim como a inclusão de dois slots de novelas que já haviam sido transmitidas em Angola, mas que achamos interessante passar para o mercado português: a “A Escrava Branca”, que será emitida de segunda a sexta, no horário das 20, e “Cesur”, com início às 21:00, também de segunda a sexta-feira.
E a publicidade? Que anunciantes/marcas interessam ao canal?
O canal ZAP Viva permite aos anunciantes a oportunidade única de se associarem a uma plataforma que comunica de forma transversal a Angola, Moçambique e Portugal. Esta realidade possibilita-lhes comunicar para a vasta comunidade de angolanos, portugueses e moçambicanos que viajam regularmente para Portugal, seja em lazer ou trabalho, e que, como tal, têm interesse em conhecer produtos e serviços dos mais variados segmentos. E o contrário também, para pessoas que viajam para Angola e Moçambique.
Por fazer parte intrínseca da vida das pessoas, a televisão ocupa um espaço dominante na sociedade em todas as suas dimensões geográficas, demográficas e multiplataformas. Se repararmos, hoje em dia os espetadores podem assistir ao programa aquando da primeira emissão, ver as repetições, recuar na grelha de programação e assistir em timewarp, gravar os seus programas preferidos para ver mais tarde ou acompanhá-los em plataformas online e de streaming. O canal ZAP Viva está presente na vida da população de forma multicanal, permitindo aos anunciantes a oportunidade única de se associarem em todas essas diferentes plataformas de forma transversal a Angola, Moçambique e Portugal.
Como um canal generalista, o ZAP Viva é formado por um conjunto de conteúdos que versam os mais variados temas de interesse. Cada programa possui um alinhamento e posicionamento bem definidos, possibilitando às marcas comunicar de uma forma segmentada e eficaz.
Tem sido cada vez maior o interesse das marcas em se associarem a programas de grande formato, como é o caso de concursos de talentos. Existe, cada vez mais, uma maior consciência e conhecimento dos gestores de que, se o patrocínio for considerado envolvente e relevante, os espetadores de todas as idades receberão de braços abertos as marcas associadas aos seus programas de TV favoritos. Existem formas de se trabalhar a associação das marcas a programas e nós prestamos sempre aconselhamento especializado.
Porquê a entrada em exclusivo na NOS?
A ligação entre a NOS e a ZAP já vem desde o início, uma vez que a operadora portuguesa detém 30% da ZAP. A aposta comercial da NOS no canal ZAP Viva surge do interesse em apresentar um canal diferencial na sua oferta com forte impacto nas comunidades a que se destina, não fosse o ZAP Viva ser líder de audiências em Angola e Moçambique. Para nós, representa o reconhecimento da qualidade dos conteúdos que apresentamos e mais uma etapa na missão de levar a cultura de Angola cada vez mais longe.
Está prevista a abordagem aos outros operadores?
Pelo menos por um determinado período de tempo, o canal ZAP Viva integrará a oferta da NOS. Estamos focados em implementar o canal neste mercado, com meta de obter reconhecimento. No futuro, será feita a necessária avaliação conjunta deste percurso inicial e logo se decidirá a melhor forma de evoluir.
Depois de Portugal, está nos planos a expansão para outros mercados?
Com toda a certeza. Temos muitos pedidos para a distribuição do canal noutros mercados de língua oficial portuguesa e noutras comunidades relevantes, nomeadamente o Brasil os e Estados Unidos da América. Estamos atentos a esta realidade e confiantes de que as oportunidades de desenvolvimento de negócio além-fronteiras farão parte do futuro.