Uma guia que estava a ser desenvolvido há seis meses, no seguimento de um primeiro projeto conjunto das duas associações, lançado há quatro anos e tendente à definição de boas práticas na contratação de uma agência. Desta vez em foco está a remuneração. Porque, segundo o presidente da APAN, Eduardo Branco, importa que as negociações (entre anunciantes e agências) se façam de uma forma avisada, sabendo-se quais são os modelos existentes, conhecendo as vantagens e inconvenientes de cada um deles, e o que é necessário remunerar e porquê. Para “decidir, de forma consciente e independente”, o que é melhor para os interesses do anunciante e da agência.
Segundo Eduardo Branco, muitos dos problemas entre anunciantes e agências “acabam por ser fruto de desconhecimento”: e com o guia de boas práticas passa a existir um “alinhamento de expectativas” à partida que previne eventuais conflitos, clarificando a relação.
Já o presidente da APAP, Miguel Barros, sublinhou que o documento hoje apresentado propõe recomendações e orientais que visam ajudar os decisores no ato de negociação, contribuindo para que identifiquem o modelo certo para a organização e para a agência. “Pode ser uma boa ferramenta para que as empresas percebam que podem existir modelos mais adequados aos diversos contextos”.
O que se procura é – reforçou a secretária-geral da associação, Sofia Barros – que anunciantes e agências cheguem a “uma remuneração justa e equilibrada”. E um bom modelo de remuneração é, na ótica de Miguel Barros, aquele que se decide e de que não se fala mais ao longo do ano, a não ser que as condições se alterem substancialmente.
Já não é tanto o preço, segundo o presidente da APAN. É uma relação entre preço e valor – precisou a secretária-geral da APAP – com a maior racionalidade possível.
Fonte: Briefing