A apneia do WhatsApp consiste na consulta compulsiva desta app, sempre à espera de ter recebido uma nova mensagem. Já a síndrome da chamada imaginária, desencadeia-se quando o nosso cérebro nos faz imaginar que ouvimos o som de um telefone a tocar.
Por sua vez, a nomofobia é o nome que se dá à ansiedade e medo irracional da possibilidade de perder o telemóvel ou sair de casa sem ele, enquanto a depressão do Facebook afeta, sobretudo, as pessoas que sentem a necessidade de ver perfis de outros utilizadores, como forma de reduzir a tristeza ao recordar momentos felizes do passado.
Por fim, a síndrome do Google é verificável quando o cérebro não consegue recordar-se de um determinado dado como consequência de poder aceder facilmente a essa informação a qualquer momento, e a hipersensibilidade eletromagnética é um transtorno neurológico, que afeta determinadas pessoas que reagem perante as radiações eletromagnéticas não ionizantes, como as emitidas pelos telemóveis ou antenas de rádio.
O psiquiatra e investigador português Tiago Reis Marques ressalva que “nenhuma destas condições é reconhecida atualmente pelo meio médico”. Contudo, “o uso excessivo da internet (Facebook, WhatsApp, etc.) pode interferir negativamente nas relações interpessoais, e esses indivíduos podem apresentar fenómenos de tolerância bem como sintomas de abstinência, muito semelhantes aos que as pessoas com adições apresentam”.
Marta Barroso Gonçalves, digital manager na Guess What considera que “as novas tecnologias, que de novo nada têm, são já parte integrante do nosso dia-a-dia. Não há um despertar sem o alarme do telemóvel, é impensável estar num restaurante sem alguém a navegar na sua rede de amigos, é inimaginável não acompanhar a mais simples notícia numa plataforma digital”.