Na sessão “Scroll, click, repeat”, moderada pela Editor-in-Chief do Süddeutsche Zeitung, Judith Wittwer, a CEO do The Guardian defendeu que, para que os meios de comunicação sejam bem-sucedidos, têm de estar atentos aos hábitos dos consumidores e prontos para tentar sem ter medo. Anna Bateson deu o exemplo da publicação da qual é responsável, na qual foi feito um investimento no digital, sendo que, por essa razão, os conteúdos passaram a ter uma escala global além da nacional que o conteúdo impresso permitia.
Já o CEO do The Independent considera que atualmente o foco deve estar no talento, na criatividade e na criação de conteúdos em diferentes formatos para fidelizar o público. Christian Broughton sublinhou ainda que o áudio é um bom formato, mas os vídeos ajudam a humanizar os conteúdos, fazendo com que o público crie uma maior conexão.
Por seu turno, o presidente do The Economist, Luke Bradley-Jones, revelou que estão a ser criados vários tipos de conteúdos com o objetivo de chegar ao público mais jovem, visto que eles serão “os consumidores do futuro”. No que diz respeito à Inteligência Artificial (IA), o responsável crê que esta ajuda os media a serem mais eficientes e a alcançarem melhores resultados, uma vez que as suas ferramentas permitem que o seu trabalho chegue a mais pessoas, seja através da tradução ou da conversão de áudio para texto, por exemplo.
Para concluir o debate, Anna Bateson deixou o alerta de que a IA pode comprometer a credibilidade de um meio se não for utilizada corretamente e, por isso, é necessário conhecer as suas capacidades para se poder alcançar as metas estabelecidas.
Simão Raposo

