De acordo com o CEO da Rival, o relatório divulgado foca-se nas marcas que estão a conseguir ser bem-sucedidas através de “ideias ousadas, relevância cultural e convicção criativa”. Para ser possível alcançar os resultados apresentados, foi feita uma combinação da análise de dados com a criatividade a fim de identificar as organizações que geram “impacto real”. De seguida, estes critérios foram segmentados em três pilares: diferenciação, que inclui a identidade visual, a mensagem e as convicções; a capacidade de gerar conversas sobre a marca; e a relevância.
Eric Fulwiler enumerou algumas das tendências identificadas após a análise dos diversos casos. A primeira é a pertença como ecossistema de marca, sendo que as mais eficientes não pretendem construir audiências, querendo que as mesmas se envolvam no seu desenvolvimento. Um dos exemplos é a Nothing Phone que, através dos membros do seu subreddit, conseguiu redefinir o conceito de “ter uma marca”.
Outra é a polaridade ideológica como fator de diferenciação. Isto está ligado ao facto de que quando os produtos têm um visual idêntico, a mesma função e um preço semelhante, as insígnias não sejam definidas pelo que vendem, mas pela visão do mundo a que estão comprometidas.
A terceira tendência está relacionada com as empresas que criam campanhas capazes de impactar e estarem presentes em vários formatos de comunicação, não tendo de fazer um grande investimento, visto que a ideia não é interromper a cultura, é estarem integradas nela. Na perspetiva do profissional, a questão já não é “que campanhas vamos lançar?”, mas “o que vamos transmitir a seguir?”.
Simão Raposo

