A primeira das ambições deverá estar concretizada até final de 2024, sendo que, de acordo com Pedro Lufinha, decorre, atualmente, o processo de consultas para criar uma sala de eventos ao lado do Palácio da Alorna, sala essa que será vocacionada, em exclusivo, para ações corporativas.
Já a aposta no imobiliário, decorre da natureza da própria propriedade: 16 quilómetros de uma ponta à outra, com 1900 hectares de floresta. É nesta extensão que está a ser estudada a criação de pequenas parcelas com casa, faltando decidir se serão para propriedade privada ou hotelaria assistida, por exemplo.
Mas, há mais intenções no horizonte deste produtor do Tejo. Pedro Lufinha dá conta da vontade de ir mais além na internacionalização: “Em 2024, queremos entrar no mercado francês, não só no da saudade. E outro objetivo é reforçar a Ásia, nomeadamente o Japão e a Coreia do Sul.” Atualmente, a exportação representa cerca de metade do negócio, com os vinhos da empresa presentes em 23 países, sendo Brasil, Reino Unido, Polónia e Países Baixos os maiores consumidores.
Já no mercado nacional, o esforço será direcionado para posicionar o portefólio num patamar mais premium. “Obviamente que temos de estar na distribuição moderna, mas queremos colocar as nossas gamas de topo nos bons restaurantes e nas garrafeiras e mostrar que a Quinta da Alorna tem ‘tanto por descobrir’”, adianta o diretor-geral, numa alusão ao claim adotado o ano passado.
Por descobrir está o vinho “Quinta da Alorna 1723 Grande Reserva Tinto”, lançado para assinalar o tricentenário da compra da quinta por Pedro Miguel de Almeida e Portugal. Trata-se de uma edição limitada a 712 garrafas, em pré-venda até 13 de novembro e integrada num kit de celebração que inclui o livro “Da Índia ao Tejo, do Tejo para o Mundo: 300 anos da Quinta da Alorna”, da autoria de Maria João de Almeida e com prefácio do sociólogo António Barreto.
Com assinatura da enóloga Martta Reis Simões, este vinho comemorativo resulta de um blend de Tinta Miúda, Castelão e Alicante Bouschet, vindimado em 2019 na vinha do Planalto e engarrafado em novembro de 2020.
Foi dado a provar no evento que assinalou o início das comemorações e que contou com a presença da ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.
Fátima de Sousa