O Festival Política questiona – explica o codiretor artístico Rui Oliveira Marques – a forma como “a desinformação pode pôr em causa a crença dos cidadãos nas instituições, como promove os populismos e as discriminações, e como pode afastar os cidadãos da participação na vida pública”.
Para hoje, 22 de abril, estão agendados: o debate “Como lidar com o crescimento da extrema-direita em Portugal?”; os documentários “My heart is there, my body is here”, de Pedro Cruz e João Doce, sobre a realidade dos refugiados em Portugal, e “A nossa bandeira jamais será vermelha”, de Pablo López Guelli, que aborda o papel dos jornalistas independentes na luta contra o embargo informativo imposto pelas famílias que dominam o sistema de informação no Brasil.
Ainda no grande ecrã, mas já no sábado, os filmes portugueses “Bustagate”, de Welket Bungué, e “Alcindo”, de Miguel Dores, abordam dois casos trágicos e verídicos em que imperam o racismo, a violência e a desigualdade social em Portugal. Na sala Manoel de Oliveira, vai estrear o documentário de Tiago Pereira, “A música invisível”, que explora a riqueza e a influência da música cigana; e o espetáculo do humorista Hugo van der Ding, intitulado “A grande mentira”, sobre os mitos e enganos da história.
No último dia, domingo, “O Teu Nome É”, de Paulo Patrício, “Ava Kuña, Aty Kuña; mulher indígena, mulher política”, de Julia Zulian, Fabiane Medina e Guilherme Sai; “Rua do Prior 41”, de Lorenzo d’Amico de Carvalho; e “Negras”, uma conversa do coletivo Mulheres Negras Escurecidas, fecham o festival.
Depois da edição em Lisboa, o Festival Política sobe para Braga, onde acontece de 5 a 7 de Maio.