Destacando o facto de as lojas físicas se estarem porventura a tornar cada vez menos importantes para a ação de comprar em si mesma, mas a sê-lo cada vez mais como fonte de experiência de produtos e marcas – logo como base das escolhas a vir a fazer.
Outros temas que nesta área despertaram o interesse das audiências da WARC foram: o crescente fenómeno do “show roaming” – onde é possível ao comprador potencial experimentar os produtos, para depois os adquirirem com mais segurança via on line; a preocupação, também crescente, por parte do retalho, de re-inventar conceitos como a conveniência, de redefinir a fidelidade e de reposicionar o valor de produtos e marcas.
Claro que, em países com tecnologia mais avançada – e mais avançada há muito mais tempo – já se detetou que os compradores misturam cada vez mais o on line e o off line para fazerem as suas aquisições, apesar de o contacto físico ser ainda consideravelmente importante.
De qualquer modo retalhistas como o Walmart e a John Lewis já estão a preocupar-se, e muito, em integrar os seus melhores avanços tecnológicos nos respetivos formatos, com o objetivo de realçar a experiência de quem compra e reduzir custos.
Em Portugal está-se mesmo a falar ainda de futuro. Quem sabe – quando se sair da crise, ou talvez como um contributo para se sair dela.
* representou a ESOMAR em Portugal e foi consultora da AACS (Alta Autoridade para a Comunicação Social). Atualmente é consultora sénior em várias empresas do setor.