Como tudo, hoje em dia, que tende a ser notícia por um ou dois dias para, em seguida, cair no esquecimento. Não sei se será voracidade no consumo ou na oferta. O que sei é que, se nos atrasarmos, o assunto já morreu. Ou, pelo menos, já foi substituído. A notícia já não é de ontem. É de “há bocado”, porque entretanto surgiu outra. Foi exactamente isso que aconteceu ao Facebook. Para além de todas as actualizações, definições de privacidade, publicidade, conteúdos indesejáveis no mural (deixando os que queremos de fora) entre outros aspectos, no mínimo, irritantes (se fartam adultos, imaginem o que fazem aos adolescentes…), surgiram, tão simplesmente, outras coisas. Menos complexas. Menos mainstream. Mais hype. E ser adolescente é procurar sempre o hype (i.e., “o que está a dar”). Não quer isto dizer que o Facebook tenham perdido, por completo, a sua hypeness (perdeu boa parte, disso já não restam dúvidas), contudo, já não tem o encanto de outros tempos. Transformou-se numa ferramenta de comunicação. Para os mais jovens, substituiu o Messenger (que acabou oficialmente em 2013) e tem hoje, dentro do próprio Facebook, um sistema de mensagens que pode instalar-se como aplicação (abre-se sem estar a usar a aplicação do Facebook) e que, curiosamente se chama… Messenger. Para os mais velhos, pode servir para comunicar com os amigos, comentando posts e fotografias ou enviando mensagens. Mas é também um ponto de contacto entre as marcas e o seu público, sendo, assumidamente, uma ferramenta de marketing.
Tenho dúvidas que seja a publicidade (ou as acções de marketing) que incomoda os adolescentes. Também tenho dúvidas que seja o facto dos seus pais e avós estarem na rede que os preocupa (ou, pelo menos, apenas isso). Será um conjunto de factores, nos quais, a hypeness tende a ganhar um peso substancial, a par de novas aplicações que surgem e que vão captando a atenção desta faixa etária.
Não acredito que os adolescentes leiam estes artigos. Se fosse numa conferência, pedia-vos para levantarem o braço, aqueles que usam o Snapchat. E o instagram. Ou o Vine, só para usar três exemplos. Talvez o Instagram tenha adeptos. Não vos estou a ver, mas estou certa que, aqueles que levantaram o braço (ou pensaram nisso) têm filhos adolescentes que vos pediram para instalar o Snapchat para poderem enviar fotografias… só porque sim. E acredito também que a maior parte não percebe muito bem a graça do Snapchat.
Eles também não. Mas é o que está a dar. Por agora…