É SALLA – assim mesmo com dois L – em homenagem a Félix Salla, que teve um papel preponderante na ampliação do palácio, em 1822. Quem conta é o CEO do Palácio Chiado, Duarte Cardoso Pinto, explicando que, ali, todas as salas narram um pouco da história do edifício. “E esta não podia ser exceção”.
Mas, história à parte, o espaço é do mais contemporâneo possível. O néon vermelho da parede tem a companhia do rubro dos sofás ou das cadeiras, quebrando a discrição da dos tampos das mesas.
“Pretendíamos criar para o bar SALLA um espaço de impacto, leve e contemporâneo, sem que a intervenção tivesse demasiada força para se sobrepor ao espaço existente. Optámos por uma decoração marcante, criada através das cores, da pedra lioz, característica de Lisboa, e uma iluminação mais contrastante, respondendo a alguns desafios que tínhamos neste espaço: escuro e muito fechado. As plantas ajudam também a criar um espaço de movimento, cheio de estímulo e fresco”, contextualiza Duarte.
O bar é, pois, descontraído, pensado para beber um copo e acompanhar com um petisco. E/ou com música, porque há DJ residentes e DJ convidados, mas sempre nm estilo deep house. Diz Duarte que o SALLA é um bar para miúdos e graúdos, sem idades e sem géneros, para um público que goste de ouvir boa música e procure um ambiente descontraído, com boa onda.
Para beber, há cocktails: com nomes que remetem para o universo cinematográfico como “Narcos” e “Pulp Fiction”, mas não só – também é possível provar um Pornstar Martini ou um Moscow Mule. Sem contar com cerveja, sangria e outras bebidas mais “convencionais”.
Podem ser bebidos a solo ou acompanhados de um petisco, como ceviche de garoupa, taquitos de lagosta, hambúrguer de novilho com cebola caramelizada ou cogumelos com queijo brie.
Até agora, está a correr bem, sobretudo nos dias em que há música ao vivo. A expectativa é que “ganhe ainda mais vida” quando as restrições horárias cessarem.
Nas palavras do Palácio Chiado, não há nenhum espaço igual, seja no Chiado, seja em Lisboa: “É a coesão perfeita entre a arte gastronómica, a arte de bem receber e a arte de saber viver, num espaço que é um palácio, mas que nos faz sentir em casa.”
O SALLA não vive sozinho. Lá está a escadaria palaciana para recordar que no piso de cima há mais: há um restaurante onde primam os frescos na parede, o classicismo na declaração (mas não demasiado) e uma carta mais sofisticada. Mas isso fica para (a) provarmos noutro dia.
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