“Os Baby Boomers estão a adotar os conteúdos digitais. Enquanto as marcas estão obcecadas com a Geração Z, a geração abastada dos Baby Boomers está a passar por uma revolução nos meios de comunicação. Isto exige que os anunciantes revejam os pressupostos de longa data e garantam que os planos de meios digitais são adaptados aos hábitos cada vez mais exclusivos dos consumidores mais velhos”, afirma o diretor de Conteúdos da WARC Media, Alex Brownsell.
As preferências dos Boomers em termos de meios de comunicação estão a evoluir rapidamente. De acordo com o GWI, em 2024, as pessoas com mais de 55 anos passarão, a nível mundial, mais de metade (54,4 %) do seu tempo nos meios de comunicação social online – incluindo componentes digitais de canais tradicionais (por exemplo, televisão ligada, áudio digital e imprensa online) – contra 47,0 % em 2020.
A WARC Media comparou o comportamento de consumo dos media entre os 45-54 anos, há uma década, e os atuais 55-64 anos. Em 2013, menos de um terço (31,6 %) de todo o tempo dedicado aos meios de comunicação social era passado em canais digitais. Numa década, essa percentagem aumentou mais de 20 pontos percentuais, atingindo 53 % em 2023, impulsionada em grande parte pelas mudanças de comportamento provocadas pela Covid-19.
Os Baby Boomers estão a criar experiências de meios de comunicação digitais diferentes das dos públicos mais jovens. Embora os Baby Boomers estejam a passar um pouco mais de tempo nas plataformas sociais, esta continua a ser uma pequena parte dos seus hábitos globais de comunicação social.
Quanto à utilização de redes sociais, o Facebook continua a ser a rede preferida dos consumidores mais velhos. De acordo com a YouGov, os Baby Boomers constituem a maior parte (29 %) dos utilizadores semanais do Facebook nos EUA, em comparação com apenas 9 % dos que acedem ao TikTok todas as semanas.
No que respeita à publicidade, os Baby Boomers apresentam um nível médio mais baixo de recetividade à publicidade comparativamente com as outras gerações. Na globalidade, apenas 12 % dizem sentir-se “positivos” em relação à publicidade, o que é significativamente abaixo do valor de referência de 47 % para todos os consumidores.
João Bernardo