Os novos desafios das marcas pós-Covid-19

O novo coronavírus apanhou milhares de pessoas de surpresa em todo o mundo. Uma nova realidade com a qual nunca nos tínhamos deparado obrigou a uma mudança nas nossas vidas e nas estratégias das empresas até aqui cuidadosamente delineadas. Este caminho está a ser, sem dúvida, um grande desafio, mas também uma aprendizagem perante um cenário improvável, inesperado e imprevisível. E se precisássemos de descrever esta fase apenas numa palavra, essa seria: reinventar.

 

É inegável que as marcas têm, de facto, um papel na vida das pessoas, por isso, durante o estado de emergência as principais iniciativas centraram-se em consciencializar, ajudar os seus consumidores e as pessoas em geral a ultrapassar esta crise, mantendo a proximidade e fortalecendo a relação marca/consumidor.

E agora? Com o fim do estado de emergência e a vida de milhares de portugueses a regressar à “normalidade”, qual o caminho a seguir? Tal como no início da pandemia, as marcas deparam-se agora com um desafio, embora diferente. Se antes queríamos fortalecer os laços com os consumidores, agora queremos manter esta proximidade que alcançamos em tempos de quarentena. Numa altura em que as pessoas começam a poder sair de casa, ter outras ocupações e, provavelmente, a não dispensaram tanto tempo à internet e às redes sociais – o grande elo de ligação entre o consumidor e as marcas –, temos mais uma vez de nos reinventar.

Para manter a proximidade, num contexto pós-pandemia, que trouxe consequência económicas para milhares de portugueses, as marcas têm de comunicar algo que seja importante para o consumidor, adaptando a linguagem aos tempos atuais, e responder de forma assertiva às exigências dos consumidores. No geral, continuar a criar um envolvimento com as pessoas e contribuir para o seu bem-estar com ações concretas. Isto porque, após a quarentena que para muito serviu ainda como período de reflexão, os consumidores passarão a valorizar coisas que lhes possam melhorar as suas vidas e rotinas de forma prática.

Assim sendo, é importante as marcas passarem mensagens de empatia, porque, além de aprimorar a imagem e reputação da marca a longo prazo, serão recompensadas pelos consumidores, que, captados pelas mensagens-chave, criarão uma ligação ainda mais forte com a marca. É fundamental repensar as marcas e as suas mensagens, adaptando-as aos tempos atuais que vivemos, de forma a garantir a sua posição no mercado e a proximidade com o consumidor. Tudo isto sem esquecer que a emoção é o que nos une a todos.

Como diria Charles Darwin: “Não é o mais forte que sobrevive, mas sim o que melhor se adapta à mudança”.

 

Sofia Miguel, diretora de Marketing da Barbot

 

briefing@briefing.pt

 

Segunda-feira, 01 Junho 2020 08:07


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