Transpondo a natureza das relações de amor, entre marcas e consumidores, para o contexto nacional, existem várias marcas de origem portuguesa que se tornaram love brands e que até piscam o olho ao mercado internacional. É o caso dos famosos Pastéis de Belém, nascidos em 1837, junto ao Mosteiro dos Jerónimos.
“É uma marca pública, uma love brand da perspetiva que é amada pelo país. É consensual, existe uma relação da identidade do país com o seu doce mais famoso”, explica o presidente da Ivity Brand Corp, Carlos Coelho.
À semelhança das longas e multiculturais filas que se formam constantemente junto à fábrica em Belém, o estatuto love brand dos pastéis foi confecionado à base da empatia com os consumidores. “Ao longo dos 188 anos de história mantivemo-nos fiéis às nossas origens e tradições. Muito mudou neste espaço, mas a essência do pastel de Belém, a sua receita, permanece inalterada. Continuamos a honrar a origem e os valores que fundaram esta confeitaria. Somos uma marca com identidade própria, sinónimo de qualidade, tradição e autenticidade”, destaca o gerente da marca, Miguel Clarinha.
Reconhecendo “um sentimento de orgulho pelo reconhecimento e ligação com os clientes”, o porta-voz defende que é “uma responsabilidade acrescida para corresponder às expectativas dos visitantes”, à procura de uma marca com a qual se identificam e partilham valores. “Um reconhecimento como love brand só acontece quando há qualidade, e sem qualidade nunca poderia haver uma relação duradoura ou de fidelização com os nossos clientes”, justifica o responsável da fábrica de Belém, que em 2024 vendeu em média 22 mil pastéis por dia.
Sofia Ramos Silva