No caso português, a imprensa escrita deverá registar a maior quebra, na ordem dos 25%, enquanto que nos meios offline, televisão e rádio, a descida será de 15%. O único caso de investimento positivo refere-se à Internet que deverá ter um crescimento na ordem dos 10%.
André Freire de Andrade, CEO da Carat, avança em comunicado que “para 2010, a nossa estimativa é cautelosa, com uma projecção de manutenção da situação, +1,6% em linha com a inflação. No entanto, o mercado começa a mostrar sinais positivos, pelo que poderemos eventualmente ver a nossa estimativa para 2011 – de +5,9% – antecipada para 2010”.
Alterações nos principais mercados publicitários
Nos principais mercados publicitários, as alterações mais visíveis são registadas nos Estados Unidos da América, Rússia, Alemanha e Reino Unido, tendo Espanha, França e Canadá registado alterações menos significativas.
Nos Estados Unidos, o investimento publicitário só terá uma recuperação significativa a partir do segundo semestre de 2010, depois de no primeiro semestre do ano se terem verificado níveis bastante abaixo ao período homólogo de 2008 (menos 16,3%). Neste mercado, a televisão e a rádio têm conseguido resistir melhor à crise de investimento, tendo os jornais sido mais afectados sobretudo pelo facto de os consumidores passarem mais tempo online.
No Reino Unido, as últimas previsões apontam para uma redução em cerca de 11,7% do investimento publicitário, sendo expectável uma tímida recuperação em 2010. A televisão deverá sofrer uma quebra de cerca de 11,9%, a rádio de 12,6%, o outdoor de 12,2%, os jornais 20,3% e as revistas de 16,3%.
No mercado italiano, o investimento publicitário deverá sofrer reduções na ordem dos 12,4% este ano, embora para 2010 se preveja uma descida de apenas 1% e já em 2011 uma subida de cerca de 1,9%. A imprensa escrita foi o mercado mais afectado, com uma descida de 20,4% nos jornais e 24% nas revistas, continuando a televisão a liderar, com uma descida de 10,2% para 2009.
O mercado Russo deverá ter quebras na ordem dos 21,9%, sendo nos meios da imprensa escrita e rádio que a descida seja superior, seguida do outdoor. A televisão e internet deverão manter-se estáveis.
O mercado alemão é aquele que deverá registar a menor quebra, menos 7%, embora a mesma não se verificasse desde 2002. O cinema foi o meio que registou o maior declínio, seguido das revistas, sendo o mercado dos jornais aquele que sai mais ileso.
Já o mercado chinês foi revisto em alta, subindo de 4,6% para 6,9%, assim como o mercado na América Latina que foi também revisto em alta em cerca de 0,5%.
Publicidade online regista crescimento
A publicidade online é o único meio a registar um crescimento na ordem dos 1.0% a nível mundial, sendo expectável progressos significativos em 2010. A Televisão e o Cinema são os meios que melhor resistiram à quebra de investimento, muito devido à crescente popularidade quer do cinema quer do home entertainment.
Fonte: Carat