“Eu acho que da percepção das pessoas, o que me têm dito é que gostaram muito”, começa por avançar Perestrelo referindo que “a qualidade média dos seminários foi muito alta” e que “os trabalhos vencedores são de uma qualidade muito acima da média”.
Realçando que quem vem de fora adorou estar por cá, o CEO da MOP sublinha que nós já nos devíamos sentir orgulhosos da organização ter escolhido Portugal para realizar o festival. Mais que isso, Vasco Perestrelo sente que “as pessoas estão um bocadinho mais orgulhosas disto” e acha “que numa altura tão difícil como aquela em que nós estamos, isso é importante”.
No que diz respeito aos galardões portugueses, o responsável também considera que Portugal fez um bom trabalho. “Tivemos quase mais 15 por cento das inscrições com shortlist, e mais 10 por cento em prémios. Acho que foi óptimo”, realça Perestrelo. “Houve um esforço português em inscrever bastante mais do que noutras alturas. Acho que a ideia inicial do festival em escolher Portugal como sendo uma indústria muito criativa, teve também reflexo nos prémios”, afirma.
Indagado sobre se a MOP se juntará a mais iniciativas destas no futuro, o responsável pela empresa mostra grande vontade. “Eu acho que foi tão interessante ver o mercado todo unir-se em torno do Eurobest para tornar este evento num sucesso que, eu não sei bem como ainda, mas gostava de fazer alguma coisa, que houvesse um momento no ano, em que nós, de alguma maneira, fizéssemos o que fizemos aqui… Refletíssemos, víssemos coisas. Não tem que ser uma competição, pode ser o Cannes Lions Review, que nós já fazíamos antes do Eurobest, mas no fundo aproveitar isto para ter um momento para aprender e trocar ideias e termos muita auto-estima também, que é muito importante”, sublinha Perestrelo.
No que ao Eurobest concerne, Vasco Perestrelo conclui: “A criatividade sempre foi uma máquina que se sustenta a si própria: quanto mais vemos criatividade, mais queremos fazê-la. Eu acho que experienciar este tipo de coisas só pode fazer com que sejamos mais criativos. Pelo menos, é essa a ideia”.
À margem do festival, Vasco Perestrelo refere ao Briefing que os projectos de naming e sponsoring das estações de metro de Lisboa estão a avançar e que as novidades chegarão no primeiro semestre de 2012.
Filipe Santa-Bárbara
Fonte: Briefing